Governo da Madeira vai propor agravamento de coimas para o comércio de novas drogas
5 de jan. de 2023, 13:17
— Lusa/AO Online
O chefe do governo madeirense
respondia aos jornalistas, à margem da inauguração de um restaurante no
concelho de Santa Cruz, depois de o Representante da República para a
Madeira, Ireneu Barreto, ter incentivado hoje de manhã os órgãos de
governo próprio a agravarem as sanções previstas para estas drogas. Em
2012, por iniciativa da Assembleia Legislativa da Madeira, foi aprovada
uma lei que previa coimas para o tráfego das designadas novas drogas,
que não eram criminalizadas. “O que nós
vamos fazer, na sequência daquilo que o senhor Representante da
República falou, é remeter essa lei de 2012 […] à Assembleia da
República no sentido de agravar as coimas”, afirmou Miguel Albuquerque. O
representante da República para a Madeira, Ireneu Barreto, defendeu o agravamento das sanções previstas para a venda das designadas
novas drogas, incentivando os órgãos de governo próprio a atuarem nessa
matéria.No seu discurso na tomada de posse
do novo comandante do Comando Territorial da GNR na Madeira, Marco
Nunes, Ireneu Barreto referiu que os índices de criminalidade em geral e
da criminalidade violenta têm diminuído nos últimos anos na região, mas
ressalvou que isso “não significa negar a existência de problemas e
situações a corrigir”.“E, entre essas
situações, conforme venho referindo desde o início do meu mandato, a
preocupante questão da proliferação, nas nossas ilhas, da venda das
chamadas novas drogas, substâncias psicoativas que tantos danos vêm
causando, direta e indiretamente, à nossa população”, apontou o juiz
conselheiro.Ireneu Barreto reconheceu que
esta é uma preocupação “partilhada pelos órgãos de governo próprio da
região, que têm desenvolvido diversas iniciativas de prevenção e punição
do comércio desses produtos, incluindo a proposta à Assembleia da
República para a criminalização desse tráfego”.“Por
isso, gostaria de incentivar os órgãos de governo próprio, enquanto
essa criminalização não ocorrer, a ponderarem revisitar o diploma
pioneiro de 2012 e as sanções então consagradas para, se necessário, as
agravar reforçando o seu efeito dissuasor”, afirmou.