Governo da Madeira reduziu em 51% setor público empresarial
4 de mai. de 2021, 14:19
— Lusa/AO Online
Segundo Pedro Calado, essa redução deu-se entre 2013 e 2020, passando de 51 para 25 empresas. "Na
reorganização do setor empresarial, não há qualquer aumento de
remunerações para além daquela que está estipulada a nível legal, mas
isso é válido na Madeira e é válido no continente", disse Pedro Calado,
respondendo às críticas do PS/Madeira, que considerou "despropositada"
esta preocupação em plena pandemia, quando há empresas e famílias em
dificuldades.Para o líder parlamentar do
PS/Madeira, Miguel Iglésias, "não deixa de ser caricato ter este diploma
em discussão numa altura destas, para alteração das remunerações dos
administradores das empresas públicas regionais, num ano de pandemia".Miguel
Iglésias criticou ainda que o Governo Regional tenha injetado nas
quatro Sociedades de Desenvolvimento, entre março de 2020 e março de
2021, "51,9 milhões de euros para cobertura de prejuízos", naquilo que
classificou de "gestão danosa e imoral quando a população vive tempos
aflitivos", tendo defendido a extinção daquelas empresas.O vice-presidente do Governo Regional, de coligação PSD/CDS-PP, retorquiu
salientando que o executivo, depois de ter efetuado a redução do número
de empresas do setor público, "vai cumprir todas as suas
responsabilidades financeiras".O deputado
do PSD Brício Araújo acusou os socialistas de deturparem o "teor do
diploma", fazendo crer que estava em discussão a questão das
remunerações dos gestores."É um discurso
populista, o que o Governo fez foi alinhar as remunerações com aquilo
que se passa a nível nacional, tendo o cuidado de fixar um teto máximo
que não pode ultrapassar o salário do presidente do Governo Regional",
contrapôs Pedro Calado.Antes do período da
ordem do dia, o presidente do Grupo Parlamentar do JPP, Élvio Sousa,
elogiou a visita à região no fim de semana do Presidente da República,
Marcelo Rebelo de Sousa, que, no seu entender, no encontro que teve com
os partidos e no que diz respeito à gestão da pandemia, "deu uma valente
lição de democracia ao presidente do Governo Regional, Miguel
Albuquerque", acusando-o de não ouvir a oposição."É o eterno regresso ao passado, ao centralismo e ao absolutismo", concluiu.