Governo da Madeira está a tentar resolver problema de turistas retidos
Ucrânia
25 de fev. de 2022, 16:13
— Lusa/AO Online
“A
diretora do Turismo [da Madeira] e o diretor regional das Comunidades
estão em contacto com as embaixadas e consulados […] e estamos a fazer
todas as diligências para serem apoiados. Não ficarão de forma alguma
sem apoio do Governo [Regional]”, declarou Miguel Albuquerque aos
jornalistas, à margem da visita que efetuou a um concessionário do ramo
automóvel, no Funchal.Segundo o chefe do
executivo Regional, na Madeira estão neste momento 189 turistas
ucranianos que deviam regressar no sábado a Kiev, mas o espaço aéreo da
Ucrânia está fechado e o voo não deverá realizar-se.“Vamos
encontrar uma solução. Penso que hoje à tarde ou mais tardar amanhã de
manhã [sábado de manhã] encontraremos uma solução para as pessoas não
ficarem desalojadas”, adiantou o governante madeirense, salientando que
muitas dessas pessoas “já estão com as contas canceladas”.Miguel Albuquerque admitiu que o alojamento destes turistas numa unidade hoteleira da região possa “ser uma solução”.Mas,
sublinhou, o objetivo “prioritário” das diligências que estão a ser
efetuadas é “ver se há alguma forma indireta, através de outro país, das
companhias poderem aterrar e transportarem estas pessoas para o seu
destino”.O responsável madeirense
acrescentou ainda que também estão na região 223 turistas russos, que
chegaram ao arquipélago através da ligação efetuada entre os aeroportos
da Madeira e Moscovo.“Neste momento
estamos a preparar todas as diligências no sentido de apoiarmos estas
pessoas”, apontou, assegurando que, “se for necessário”, a Madeira “vai
também apoiar” estes cidadãos russos.Miguel
Albuquerque destacou igualmente as consequências da invasão da Rússia à
Ucrânia em termos turísticos e para os cidadãos das duas comunidades
residentes na região, visto que a Madeira tem ligações aéreas diretas
com os dois países.“Temos uma comunidade
residente completamente bem integrada. Temos 328 residentes permanentes
ucranianos e 413 cidadãos russos. Pessoas completamente integradas na
nossa sociedade, são sempre bem-vindos”, enfatizou.O
presidente do governo madeirense sublinhou também que “estas pessoas
não têm nada a ver com regimes ou violações perpetradas pelo Governo
russo”.“O que queremos é que, rapidamente,
a situação seja resolvida para podermos continuar as operações [aéreas]
que eram importantes para a Madeira”, disse.Questionado
sobre a possibilidade de a Madeira acolher refugiados, Miguel
Albuquerque recordou que sempre existiu essa disponibilidade.