Governo cria programa para apoiar custos operacionais das empresas
10 de fev. de 2021, 18:10
— Lusa/AO online
A medida foi
publicada em Jornal Oficial e visa “mitigar os impactos negativos
da pandemia sobre as empresas”, de forma a “manter a confiança
económica, a capacidade produtiva e o emprego”, segundo a resolução do
Governo Regional.“Reveste-se da maior
importância o apoio extraordinário aos custos operacionais das empresas,
especialmente quando estes configuram uma forte componente fixa,
impassível de redução no curto-prazo de adaptação ao contexto
pandémico”, lê-se no documento.O programa
tem como objetivo “comparticipar parte dos custos operacionais das
empresas” que apresentaram “significativas quebras de faturação durante o
ano de 2020”.Nos critérios de
elegibilidade ao apoio estipula-se que são incluídas as empresas que
declararam uma diminuição da faturação (comunicada à Autoridade
Tributária) de “pelo menos 25% no ano de 2020 face ao ano anterior”.Nas
situações em que as empresas abriram atividade após 01 de janeiro de
2019, para serem elegíveis ao apoio, terão que apresentar uma diminuição
de faturação média mensal de “pelo menos 25% face à média mensal do
período de atividade decorrido até 29 de fevereiro de 2020”.O
programa de apoio prevê que os valores serão correspondentes a 30% das
despesas elegíveis no caso de quebras de faturação superiores a 25%, mas
inferiores ou iguais a 40%, tendo o limite máximo de oito mil euros por
cada estabelecimento.No caso de existir
50% das despesas elegíveis para quebras de faturação superiores a 40%, o
limite máximo ascende a 13,5 mil euros por estabelecimento.As
empresas beneficiárias ficam obrigadas a não distribuir lucros, nem
“cessar contratos de trabalho ao abrigo das modalidades de despedimento
coletivo, de despedimento por extinção do posto de trabalho ou de
despedimento por inadaptação”, lê-se no regulamento do programa.Hoje,
na comissão de Economia da Assembleia Regional, o secretário regional
das Finanças, Bastos e Silva, disse que o executivo açoriano tem
procurado “introduzir alguma flexibilidade” nas medidas de apoio devido à
“imprevisibilidade” da crise.“A nossa
posição é majorar o emprego existente, mas percebendo que há medida que o
tempo passa e que a faturação permaneça nula, a dificuldade de manter a
totalidade da força de trabalho existe e, por isso, alguma
flexibilidade temos de introduzir”, afirmou.Bastos
e Silva falava a propósito da discussão de uma proposta do PS para a
criação de um programa para apoiar os custos fixos das empresas
açorianas, em que acabou por ser abordado, também, o programa de apoio
do executivo açoriano.