Governo cria nova resposta de apoio psicológico para crianças e jovens vítimas de violência doméstica
5 de jan. de 2021, 12:33
— Lusa/AO Online
Com uma dotação de
2,78 milhões de euros, o concurso lançado pela secretária de Estado para
a Cidadania e a Igualdade surge no âmbito do Programa Operacional
Inclusão Social e Emprego e pretende colmatar as necessidades de
serviços de apoio especializado, privilegiando abordagens
psicoterapêuticas focadas no trauma, com a designação de Respostas de
Apoio Psicológico (RAP) para crianças e jovens vítimas de violência
doméstica. Em comunicado o gabinete da
secretária de Rosa Monteiro explica que para garantir a robustez e
consolidação desta intervenção, a Comissão para a Cidadania e a
Igualdade de Género e a Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP) assinam
também hoje um protocolo de colaboração. “O
envolvimento com a OPP é estratégico para acompanhar e apoiar a criação
destas novas respostas, assegurar a formação e supervisão dos/as
psicólogos/as a recrutar para a rede nacional, incluindo através da
definição de recomendações e protocolos de atuação específicos, promover
a mudança de paradigma na intervenção junto de crianças e jovens
vítimas de violência doméstica e, especialmente, a criação de massa
crítica de profissionais nesta área, designadamente através de uma bolsa
de especialistas”, refere no comunicado a secretária de Estado para a
Cidadania e a Igualdade.O Governo defende
que o impacto da violência doméstica contra crianças e jovens assume uma
expressão que exige uma intervenção mais atenta, designadamente na Rede
Nacional de Apoio às Vítimas de Violência Doméstica (RNAVVD). Entre
2015 e 2019, foram acolhidas nas casas de abrigo e nas respostas de
acolhimento de emergência da RNAVVD, com as suas mães, um total de 7414
crianças e jovens. Podem candidatar-se,
até ao dia 17 de fevereiro, as entidades públicas ou privadas que sejam
gestoras de estruturas de atendimento da RNAVVD, as quais devem garantir
a prestação de apoio às crianças e jovens que sejam atendidas e
acolhidas no território da respetiva Comunidade Intermunicipal.