“Governo corta nos apoios às famílias quando elas mais precisam”

Reagindo à anteproposta do Plano para 2023, socialistas alegam que o governo está a cortar em importantes apoios às famílias num momento de crise inflacionista


Autor: Paulo Faustino

O grupo parlamentar do PS/A critica o que diz ser a opção do Governo Regional em cortar em importantes apoios às famílias açorianas, sobretudo no atual momento de crise inflacionista.

“É impressionante como, face à crise severa que ameaça todas as famílias açorianas, este governo decide cortar mais de 3,6 milhões de euros em importantes rubricas como o ‘arrendamento acessível e cooperação’, o ‘apoio aos públicos com necessidades especiais’, o ‘apoio às famílias, comunidade e serviços’, sem que existam, também, planos integrados de resposta às principais problemáticas sociais como é o caso das dependências”, pode ler-se numa nota do partido enviada às redações.

Reagindo à anteproposta de Plano de Investimentos avançada pelo Governo Regional para o próximo ano, a deputada Célia Pereira afirma que “não se compreende a insensibilidade deste governo face aos problemas reais que a todos preocupam”, referindo não ser suficiente o “reforço pontual de algumas rubricas que deixam de fora muitas famílias vulneráveis à crise”.

Uma opção que causa ainda maior surpresa para os socialistas quando estes dizem que o governo, já este ano, estima receber mais de 50 milhões de euros em receitas extraordinárias de IVA, resultantes do aumento da inflação e que “importa devolver às famílias”.

“O que os açorianos esperam – e precisam – é de um governo proativo. Que reconheça as dificuldades que atravessamos e que apresente respostas válidas, que não desista.

E aquilo que estamos a ver é um governo que corta nos apoios às famílias quando elas mais precisam, que corta nos apoios às pessoas com necessidades especiais, que corta verbas às instituições que lidam com o flagelo da toxicodependência e que não tem sequer um Plano que permita fazer face a este grande desafio social que atormenta tantas famílias”, lamentou.