Governo britânico suspende vacinação obrigatória para profissionais de saúde
Covid-19
1 de fev. de 2022, 13:21
— Lusa/AO Online
Numa
declaração no Parlamento, o ministro da Saúde britânico, Sajid Javid,
disse que a medida, que também abrange cuidadores sociais, vai ser
“reavaliada” durante uma consulta pública. Tendo
em conta que a variante Ómicron, mais contagiosa mas menos grave,
representa atualmente mais de 99% das infeções no Reino Unido, mas que
64% da população já foi imunizada com uma terceira dose, Javid considera
que o risco da pandemia diminuiu."Acredito que já não é proporcional exigir por lei a vacinação como condição de emprego", disse.O
anúncio acontece dias antes do prazo para milhares de profissionais de
saúde obterem a sua primeira dose a tempo de receberem a segunda dose
até 01 de abril, o prazo previsto na lei. Porém,
a medida foi criticada por representantes, oposição e deputados do
Partido Conservador devido ao risco do impacto no serviço de saúde
público, já bastante sobrecarregado devido às lista de espera agravadas
durante a pandemia. Estima-se que cerca de
77.000 profissionais, cerca de 5% do total, estavam em risco de perder o
seu emprego por resistirem à vacinação, o que levou organizações
sindicais, partidos da oposição e deputados do Partido Conservador a
pedir ao Governo para reverter ou atrasar a medida.A
vacinação é voluntária em todas as outras profissões, mas algumas
empresas estão a pressionar os seus funcionários com penalizações. A
cadeia de vestuário britânica Next, o grupo de mobiliário Ikea e os
supermercados Morrisons e Ocado anunciaram a redução do valor da baixa
médica a trabalhadores não vacinados que tenham de se isolar devido a
contacto próximo com alguém infetado com covid-19, embora recebam o
valor completo se forem infetados.Por lei,
quem não foi vacinado contra a covid-19 mas tem um membro do agregado
familiar infetado deve isolar-se por dez dias, requisito que não se
aplica a quem já recebeu pelo menos duas doses.