Governo britânico avança com resgate de 1,7 mil ME para a cultura
6 de jul. de 2020, 08:13
— LUSA/AO online
O dinheiro, na forma de subsídios e
empréstimos de emergência, destina-se também a outros equipamentos
culturais, como museus, edifícios históricos, cinemas independentes, que
empregam, no total, cerca de 700 mil pessoas. O
funcionamento do setor continua sob restrições, não sendo permitida a
realização de teatro ou concertos de música ao vivo devido ao risco de
transmissão do coronavírus, enquanto que noutros espaços a capacidade
foi reduzida para respeitar as regras de segurança e distanciamento
social. Apesar de muitas instituições
culturais terem recebido algum apoio durante o confinamento, que dura
desde 23 de março, algumas iniciaram processos de despedimento e de
insolvência devido aos problemas financeiros. Mais
de 350 mil pessoas estão com os contratos suspensos no regime de
‘lay-off’ criado pelo governo, mas um estudo da consultora Oxford
Economics publicado há duas semanas alertou para mais de 400 mil postos
de trabalho em risco. Segundo o governo,
este financiamento vai “ajudar o emprego, incluindo de profissionais
independentes que trabalham nesses setores”. O
primeiro-ministro, Boris Johnson, disse que “este dinheiro vai ajudar a
proteger o setor para as gerações futuras, garantindo que grupos
artísticos e recintos em todo o Reino Unido possam manter-se à tona e
apoiar os seus funcionários enquanto as portas permanecem fechadas e as
cortinas fechadas”.Apesar de alguma
cautela para conhecer os detalhes de como o financiamento vai ser
distribuído, várias personalidades e responsáveis do setor manifestaram
agrado pelo apoio. "Este é um próximo
passo vital no caminho da recuperação para a indústria e vai ajudar a
apoiar e sustentar a vibrante ecologia das artes do Reino Unido ao longo
desta crise”, afirmou o diretor executivo da Royal Opera House, Alex
Beard.O Reino Unido registou até domingo
44.220 mortes (em 285.416 casos de contágio) durante a pandemia
covid-19, o número mais alto na Europa e o terceiro maior no mundo,
atrás dos EUA e Brasil. A pandemia de
covid-19 já provocou mais de 531 mil mortos e infetou mais de 11,3
milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito
pela agência francesa AFP.A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.