Governo avança com verba até 13 milhões de euros para apoiar pagamento de salários
21 de out. de 2017, 19:33
— AO/Lusa
Esta resolução foi anunciada pelo ministro do Trabalho e
da Segurança Social, Vieira da Silva, durante uma conferência de
imprensa realizada a meio do Conselho de Ministros extraordinário
destinado a tomar medidas de prevenção e combate aos fogos florestais e à
reparação dos prejuízos resultantes dos incêndios de domingo e
segunda-feira.Vieira da Silva frisou que esta medida de apoio ao
emprego será extensível aos casos de postos de trabalho em risco
resultantes dos incêndios de junho passado em Pedrógão Grande (distrito
de Leiria)."Vai ser criada uma medida nova para apoio à
tesouraria das empresas em relação ao pagamento de salários de
trabalhadores que se encontrem com o seu emprego em perigo. Terá um
período de três meses, eventualmente prorrogável, permitindo-se desta
forma apoiar o pagamento de salários em virtude de a atividade económica
da região se encontrar parcial ou totalmente paralisada", justificou o
membro do Governo.Vieira da Silva mostrou-se depois confiante de que esta decisão do executivo poderá evitar a perda de postos de trabalho."É
uma medida que consideramos ter um grande alcance estratégico e que se
explica pela excecionalidade da atual situação nos municípios atingidos.
Nesta medida específica, a nossa estimativa provisória é que possa
atingir os 13 milhões de euros", completou. Tendo ao seu lado os
ministros do Planeamento, Pedro Marques, e da Agricultura, Capoulas
Santos, o titular das pastas do Trabalho e da Segurança Social prometeu
que serão reforçados os apoios sociais às pessoas atingidas pelos fogos e
às instituições das áreas atingidas pelos incêndios.No campo
laboral, Vieira da Silva apontou que o executivo socialista estima um
horizonte de cinco mil postos de trabalho em risco em consequência da
destruição provocada pelos incêndios. "Vamos tomar medidas para a
redução ou até mesmo para isenção das contribuições à Segurança Social e
para abrir a possibilidade de as empresas poderem diferir o pagamento
das suas contribuições à Segurança Social - algo que também já está
previsto para as empresas turísticas do concelho de Pedrógão Grande",
declarou.Vieira da Silva anunciou ainda que, quando necessário,
"haverá uma suspensão do posto de trabalho" de um cidadão "com o suporte
de fundos da Segurança Social".