Governo australiano vai manter fronteiras fechadas até 2022
Covid-19
6 de mai. de 2021, 15:32
— Lusa/AO Online
"As incertezas sobre a
velocidade da vacinação e a sua eficácia contra diferentes variantes da Covid-19, bem como a sua duração e a sua eficácia, são considerações que
significam que não vamos abrir as fronteiras de uma só vez no início do
próximo ano muito facilmente", disse Simon Birmingham, ao jornal The
Australian. A Austrália, que fechou as
fronteiras internacionais em março de 2020, vive há meses uma relativa
normalidade, interrompida apenas por confinamentos rápidos e abruptos na
sequência de surtos causados por falhas nos protocolos de quarentena em
centros para residentes que regressam. O
Governo australiano também proibiu, desde a semana passada, a entrada de
cidadãos da Índia e desde segunda-feira ameaçou mesmo impor multas e
penas de prisão aos que tentassem regressar daquele país, o que deu
início a uma batalha judicial para provar a ilegalidade da medida. A
abertura das fronteiras internacionais é uma das preocupações dos
imigrantes na Austrália, onde, segundo o último censo nacional em 2016,
metade dos 25 milhões de pessoas do país nasceram no estrangeiro ou têm
pelo menos um progenitor de outros países. Por
enquanto, a Austrália tem uma bolha de viagem com a Nova Zelândia, que
tem permitido viagens nos dois sentidos sem quarentena desde 18 de
abril, e está a contemplar acordos semelhantes com Singapura e Hong
Kong. O primeiro-ministro australiano,
Scott Morrison, esperava abrir as fronteiras internacionais em outubro
próximo, após completar a campanha de vacinação. Mas
um dos maiores problemas do Governo de Morrison são os atrasos na
vacinação, devido a problemas como as exportações ou efeitos
secundários, o que resultou na distribuição até à data de cerca de 2,5
milhões de doses, muito aquém dos quatro milhões previstos até final de
março. Desde o início da pandemia, a
Austrália contabilizou 910 mortos e cerca de 30 mil casos. A pandemia de
covid-19 provocou, pelo menos, 3.230.058 mortos no mundo, resultantes
de mais de 154,2 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito
pela agência francesa AFP.