Governo aprova subida do salário mínimo para 705 euros a partir de janeiro
2 de dez. de 2021, 16:49
— LUSA/AO Online
Na
conferência de imprensa que se seguiu ao Conselho de Ministros, a
ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes
Godinho, deu conta da aprovação do aumento do salário mínimo nacional
(SMN) para 2022 para 705 euros, “na sequência da auscultação dos
parceiros sociais", cumprindo o compromisso assumido em 2015 e renovado
em 2019 para “chegar a 2023 com 750 euros”.O Governo aprovou ainda um “apoio excecional” às empresas para levarem a cabo este aumento, de 112 euros por trabalhador."Com
este aumento do salário mínimo nacional de 40 euros, em 2022, temos o
maior aumento absoluto de sempre do salário mínimo, o que significa que,
se fizermos uma análise desde 2015, temos um aumento de 200 euros do
salário mínimo nacional, face a 2015", realçou a ministra Ana Mendes
Godinho.A perspetiva do Governo, prosseguiu, é a de que este aumento abranja cerca de 880.000 trabalhadores."À
semelhança daquilo que foi feito em 2021 e face ao enquadramento e às
circunstâncias que vivemos neste momento, nomeadamente associadas à
pandemia, voltamos a aplicar - e também hoje foi aprovado - um apoio
excecional às entidades empregadoras que têm trabalhadores com o salário
mínimo", explicou a governante.Assim,
será pago uma única vez o valor 112 euros por trabalhador às entidades
empregadoras e está ainda previsto um outro apoio de 56 euros no caso de
trabalhadores que se situem num intervalo de remuneração entre 665
euros - o salário mínimo nacional este ano – e 705 euros.Este
ano foi ainda introduzido um mecanismo diferente, "excecional",
explicou a ministra, por forma a "valorizar as entidades empregadoras"
que, em 2021, por via da contratação coletiva, aumentaram o salário
mínimo acima do valor legalmente estabelecido para 2021."Nessas
situações, serão abrangidos pelo apoio na totalidade, os 112 euros por
cada trabalhador, relativamente a todos os trabalhadores que recebam
entre 665 euros e 705 euros em dezembro de 2021", detalhou Ana Mendes
Godinho.