Governo aprova Programa Nacional de Ação do Plano de Gestão de Fogos Rurais
Incêndios
4 de mar. de 2021, 17:09
— Lusa/AO Online
O
diploma foi aprovado no Conselho de Ministros dedicado às florestas, que
foi presidido pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a
convite do primeiro-ministro, António Costa, e que decorreu em Monsanto,
em Lisboa.“Foi aprovado, para consulta
pública, o Programa Nacional de Ação que concretiza o Plano de Gestão
Integrada de Fogos Rurais”, avançou o ministro do Ambiente e da Ação
Climática, João Matos Fernandes, na conferência de imprensa do Conselho
de Ministros.O Programa Nacional de Ação
tem quatro princípios, inclusive a valorização dos espaços rurais e o
cuidar dos espaços rurais, “que obriga a uma intervenção em 20%, 1,2
milhões de hectares, daquilo que é a área nacional de florestas, de
matos, de pastagens biodiversas”.Outros
dos princípios são a necessidade de modificar comportamentos, tendo como
meta “a redução em 80% do número de ignições nos dias em que o risco é
maior”, e uma forma eficiente de gerir o risco de fogos rurais.“A
discussão pública começa no dia 08 de março e acaba no dia 21 de março,
e queremos muito discuti-la com todos os atores do setor”, declarou o
ministro do Ambiente e da Ação Climática, reforçando que o processo de
consulta pública do Programa Nacional de Ação é o espaço para a
participação das organizações florestais e outras, recusando as críticas
de falta de diálogo.João Matos Fernandes
realçou que o Programa Nacional de Ação pretende tornar a perda de vidas
humanas em incêndios num fenómeno muito raro, “fixar a percentagem dos
incêndios com mais de 500 hectares abaixo de 0,3% do total de incêndios”
e garantir uma capacidade de intervenção pós incêndio que não existia
em 2017 para a recuperação destas mesmas áreas.“Assegurar
que, cada vez mais, naquilo que é o orçamento que é despendido todos os
anos no combate aos incêndios, que é cada vez mais no lado da prevenção
e cada vez menos da supressão do combate propriamente dito”, afirmou o
ministro que tutela a pasta das florestas.O
Programa Nacional de Ação visa ainda a concretização das orientações
estratégicas e os objetivos específicos do Plano Nacional de Gestão
Integrada de Fogos Rurais (PNGIFR), identificando 28 programas e 97
projetos que terão impacto no alcance da visão do PNGIFR: “Portugal
protegido de incêndios rurais graves”.“Potencia-se
maior eficiência e eficácia das medidas previstas para a gestão do
risco, com diminuição de danos e áreas ardidas e com o consequente
aumento da valorização do território e apetência para o investimento”,
segundo o comunicado do Conselho de Ministros.No
âmbito da aprovação do PNGIFR, com a estratégia 2020-2030, em vigor
desde 17 de junho de 2020, foi atribuída à Agência para a Gestão
Integrada de Fogos Rurais (AGIF) a "elaboração do Programa Nacional de
Ação e dos programas regionais a ele subordinados, bem como a
monitorização da execução do PNGIFR".Aprovado
em Conselho de Ministros em 21 de maio de 2020, o diploma refere que "o
PNGIFR introduz um modelo inovador de governação do risco",
identificando objetivos estratégicos e as medidas a operacionalizar, e
clarificando os papéis e as responsabilidades das diversas entidades que
cooperam para atingir as metas definidas.