Governo aprova alterações aos concursos para reduzir falta de professores no início do ano
7 de jul. de 2022, 10:46
— Lusa/AO Online
As
medidas, avançadas à Lusa pelo ministro da Educação, estão previstas
num dos diplomas que deverá ser aprovado hoje em reunião do Conselho de
Ministros para mitigar as dificuldades na contratação e substituição de
docentes.Nas zonas do país particularmente
afetadas, como Lisboa e Algarve, os horários a concurso para as
disciplinas em que habitualmente faltam mais professores vão ser
completados logo no arranque do ano letivo.O
objetivo, explicou o governante, é haver menos professores em falta no
início das aulas, em setembro, “sobretudo em lugares onde um horário
incompleto pode ser muito pouco apetecível em termos de concurso".À
semelhança do que aconteceu a partir do final de abril, as escolas
poderão completar esses horários com medidas de apoio aos alunos e aulas
de compensação para aqueles que este ano tiveram menos aulas
precisamente por não terem professor.Por
outro lado, as escolas vão poder também renovar com os professores que
este ano foram contratados para horários incompletos, mantendo neste
caso, que se estende a todo o país, a carga horária original.Segundo
João Costa, a medida vai “dar estabilidade às equipas que estão nas
escolas e mitigar um pouco as dificuldades de substituição que, por
vezes, acontecem no início do ano letivo quando estes horários têm de ir
todos novamente a concurso”.O mesmo
diploma prevê ainda uma alteração ao nível dos mecanismos de
contratação, alterando o número de reservas de recrutamento necessárias
até que os estabelecimentos de ensino possam recorrer à contratação de
escola.Assim, no próximo ano letivo as
escolas poderão recorrer àquela que é a última etapa para a colocação de
docentes após uma reserva de recrutamento em que a vaga não seja
preenchida.“Esta alteração permitirá que a
colocação por substituição dos professores ocorra mais rapidamente e,
desejavelmente, isso permitirá que os tempos em que a turma está sem
professor sejam mais reduzidos”, antecipou o ministro.“O
que estamos a fazer, e com outras medidas que também anunciaremos
brevemente, é um compósito de medidas para mitigar as dificuldades de
substituição dos professores”, acrescentou.O
Conselho de Ministros deverá aprovar igualmente um outro diploma
referente aos profissionais das escolas, neste caso prorrogando os
recursos humanos afetos ao plano de recuperação das aprendizagens, na
sequência dos efeitos da pandemia da covid-19.Em
concreto, mantêm-se as medidas que alargam o crédito horário das
escolas, reforçam as equipas multidisciplinares de apoio à educação
inclusiva e alargam os apoios tutorias aos alunos.De
acordo com João Costa, corresponde a cerca de 3.300 professores e 900
técnicos especializados, estes afetos aos planos de desenvolvimento
pessoal, social e comunitário, com que as escolas vão continuar a contar
no próximo ano.