Governo apresenta novo projeto de requalificação para o porto da Horta
Faial
22 de nov. de 2017, 18:49
— Lusa/AO online
Após
uma reunião com os elementos da Comissão Municipal dos Assuntos do Mar,
Ana Cunha explicou que as alterações agora introduzidas vão permitir
melhorar a operacionalidade no interior do porto comercial, mas admitiu
que esta solução possa gerar mais agitação marítima no interior da
marina da Horta.“O
projeto que aqui foi apresentado melhora significativamente as
condições de segurança no interior da baía sul, para alguns setores que
são reordenados, nomeadamente as marítimo-turísticas, as pescas, a área
comercial e marina-sul”, afirmou a secretária regional, reconhecendo
“algum ligeiro agravamento da marina-norte”.Ana
Cunha adiantou que está a ser estudada outra solução que possa
minimizar esse eventual aumento da agitação marítima na marina da Horta,
salientando que “não há soluções perfeitas”.O
presidente da Câmara da Horta, José Leonardo, que preside também à
Comissão Municipal dos Assuntos do Mar, destacou ser importante não
desperdiçar os 14 milhões de euros previstos para a segunda fase de
requalificação do porto da Horta.“O
que é importante é nós não desperdiçarmos os 14 milhões de euros de
investimento no nosso porto”, referiu, explicando que também não se deve
hipotecar o futuro do único concelho da ilha.O
autarca defendeu, por outro lado, que não se devem “fazer obras que
ponham em causa investimentos futuros, nem a segurança do porto”.O
presidente do município mostrou-se preocupado, por outro lado, com o
eventual aumento da agitação marítima na marina da Horta (baía norte),
que é atualmente considerada um dos portos de recreio mais movimentados
da Europa, com mais de um milhar de escalas de iates por ano.“Uma
das preocupações que temos é a ondulação na marina, que é o nosso
‘ex-líbris’ e nós temos de estudar todas as soluções para continuarmos a
termos uma marina de excelência”, realçou o socialista José Leonardo.A
nova versão do projeto de requalificação do porto da Horta deixa de
contemplar a construção de um maciço em betão, de forma triangular, no
interior da baía, que gerou contestação junto das forças vivas locais e
dos operadores marítimo-turísticos.A
obra contempla a construção de uma nova zona para as pescas e para
mega-iates e ainda a construção de um parque para reparação de
embarcações.A
Portos dos Açores, empresa pública que gere os portos do arquipélago,
lançou um concurso público, há cerca de um ano para a adjudicação da
obra (na versão inicial), mas acabou por ficar deserto, cenário que a
secretária regional dos Transportes e Obras Públicas espera não se
repetir agora.