Governo aposta em estratégia nacional para o turismo militar
27 de set. de 2017, 11:52
— Lusa/AO online
A
resolução hoje publicada em Diário da República, que foi aprovada na
última reunião do Conselho de Ministros, na passada quinta-feira, entra
em vigor na próxima quinta-feira, e tem como uma das metas conseguir 80
milhões de dormidas, traduzindo um aumento de 31 milhões dormidas entre
este ano e 2027, com uma taxa de variação média anual de 4,2%.Em
termos de receitas turísticas, o objetivo é crescer 14 mil milhões de
euros até 2027, pretendendo ainda o Governo aumentar as qualificações
dos trabalhadores na atividade turística, duplicando (de 30% para 60%) o
nível de habilitações do ensino secundário e pós-secundário no turismo.Para
ter turismo durante todo o ano, e reduzir o índice de sazonalidade de
37,5% para 33,5%, está previsto alargar a todo o país o projeto piloto
‘Cycling and Walking’ da região do Algarve, além de investir nos
Caminhos de Fátima, Caminhos de Santiago e na rede de turismo militar.A
revitalização e dinamização económica de aldeias e centros rurais com
vocação turística está também prevista na estratégia, que aposta nas
redes temáticas e nos recursos endógenos dos territórios, como as
Aldeias de Xisto, as Aldeias Históricas e as Aldeias Vinhateiras.Estão
ainda previstas ações de valorização turística e de promoção dos lagos e
águas interiores, rios, albufeiras, nascentes e águas/estâncias
termais.Disponibilizar rede wi-fi gratuita nos centros
históricos, por forma a melhorar a experiência de usufruto do património
nacional, é outra das apostas, definindo o Governo como mercados
estratégicos a Espanha, Alemanha, Reino Unido, França, Brasil, Holanda,
Irlanda, Escandinávia.Na lista de “mercados de aposta” da
estratégia contam os Estados Unidos da América, China e Índia, enquanto
são classificados como “mercados de crescimento” a Itália, Bélgica,
Suíça, Áustria, Polónia, Rússia, Canadá.Por último, o Governo
define ainda sete “mercados de atuação seletiva”: Japão, Austrália,
Singapura, Coreia do Sul, Índia, Israel e países da Península Arábica.“Apesar
dos bons resultados, importa garantir que o turismo se afirme cada vez
mais como uma atividade sustentável ao longo do ano e ao longo do
território, que valorize os recursos naturais de que Portugal dispõe e
que contribua para a criação de emprego e de riqueza e para a promoção
da coesão territorial e social”, explica o executivo no diploma.A
estratégia hoje publicada visa, segundo o Governo, proporcionar um
quadro referencial estratégico a 10 anos para o turismo nacional,
assegurar a estabilidade e a assunção de compromissos quanto às opções
estratégicas para o turismo nacional, promover uma integração das
políticas setoriais, gerar uma contínua articulação entre os vários
agentes e agir com sentido estratégico no presente e no curto/médio
prazo.