Autor: Lusa/AO Online
Segundo o
governante, este ano o Governo avançou com medidas de reflorestação em
áreas que não tinham possibilidade de regeneração natural e está agora a
preparar novas ações para 2019. "Estamos
a abrir, exatamente nesta altura, uma medida para começarmos a atuar em
áreas ardidas para o próximo ano, porque é exatamente nessa altura que
nós podemos fazer esse trabalho", disse Miguel Freitas aos jornalistas
na fronteira de Vilar Formoso, Almeida, no distrito da Guarda, à margem
da 16.ª edição da campanha de sensibilização rodoviária "Sécur'Eté 2018:
Verão em Portugal". A
campanha promovida pela associação de jovens lusodescendentes Cap
Magellan, que é destinada aos emigrantes que se deslocam de carro a
Portugal durante as férias de verão, inclui conselhos de segurança
rodoviária e de cuidados a ter na floresta para evitar os incêndios. O
secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural
esclareceu ainda que as novas medidas de apoio à reflorestação das zonas
ardidas em 2017 "vão abrir, exatamente, este verão". "Estamos
a preparar a próxima época. Essa sim, já é uma época em que podemos
começar a fazer a reflorestação dessas áreas ardidas", afirmou. Explicou
que as áreas ardidas são reflorestadas após, pelo menos, a passagem de
duas campanhas, para "perceber o que é que vai acontecer nas áreas
ardidas e só depois fazer a reflorestação". Este
ano, para as áreas onde se sabia que não havia regeneração natural, o
Governo abriu um anúncio, com apoios financeiros, para iniciar a
reflorestação. Miguel
Freitas disse que foi aberta uma medida de 2,5 milhões de euros para o
Pinhal Interior "para fazer a reflorestação das áreas de proteção" e uma
outra para atuação em sítios onde o pinheiro não tinha hipóteses de
regenerar. Sobre
as ações de reflorestação voluntárias realizadas em algumas áreas
públicas, o governante explicou que o Instituto de Conservação da
Natureza e das Florestas (ICNF) tratou de encontrar talhões adequados e
limpos. "Fizemos
muitas ações de voluntariado, particularmente no Pinhal de Leiria, mas
[foi um trabalho] devidamente controlado. Não foi feito nada avulso. Foi
conversado, projetado, foi planeado, e dentro desse planeamento nós
conseguimos incorporar aquilo que eram as iniciativas da sociedade
civil", justificou o secretário de Estado das Florestas e do
Desenvolvimento Rural.