Governo açoriano ultima plano de prevenção e tratamento de dependências
5 de jul. de 2022, 16:29
— Lusa/AO Online
“Até
ao fim de julho, será apresentado o plano global de prevenção e
tratamento das dependências. Este é um dos assuntos em que não há um
minuto a perder e tem de envolver toda a sociedade. Todos somos agentes
ativos de prevenção e todos temos de falar sobre isto sem a carga do
tabu”, defendeu Clélio Meneses, no plenário mensal da Assembleia
Legislativa Regional, que começou esta terça-feira na Horta, ilha do Faial.Para
o secretário regional, “é essa visão integrada e responsável” que deve
ser dada ao problema, pelo que “não há pedras para atirar” sobre o tema,
mas, “sobretudo, mãos a dar”.Clélio Meneses falava no âmbito de uma sessão de perguntas sobre Saúde e Dependências, apresentada no parlamento pelo PS.Durante
o debate de três horas, o governante indicou ainda que o atual Governo,
de coligação PSD/CDS-PP/PPM, deu aos serviços a orientação para que o
trabalho nesta área se faça “entrando pela sociedade dentro”, numa
estratégia de prevenção que passa, também, por uma forte atuação junto
dos mais jovens.Mais de um terço das novas
substâncias psicoativas (NSP) apreendidas em 2021 em Portugal foram
recolhidas nos Açores, região onde já foram registadas substâncias
“nunca vistas” na Europa, revelou a Polícia Judiciária (PJ) em 27 de
maio.Também em maio, o secretário da Saúde
afirmou que a aposta do Governo dos Açores para combater as
dependências passa pela prevenção, “sem descurar o tratamento e a
reinserção”.O governante lembrou que o Plano de Prevenção para as Dependências está em vigor, mas, reconheceu, precisa de ser “mais eficaz”.Segundo
um estudo de 2019, do Serviço de Intervenção nos Comportamentos
Aditivos e nas Dependências (SICAD), dedicado aos jovens entre os 13 e
os 18 anos, os Açores estão acima da média nacional no consumo de
álcool, tabaco, droga e outros comportamentos aditivos.Os
dados do SICAD colocam os Açores acima da média do país, tanto no
consumo ao longo da vida (17,3% contra 15% a nível nacional), como no
consumo nos últimos 12 meses (15,2% contra 13,5% a nível nacional).