Governo açoriano tem como “prioridade máxima” reforçar meios das IPSS, diz Bolieiro

3 de dez. de 2022, 12:47 — Lusa /AO Online

“A parceria entre o Governo [Regional] e IPSS, incluindo as casas do povo, tem de ser de cooperação solidária, para que todos, com menos meios, mas solidários e complementares, possamos fazer mais, apesar da escassez dos recursos”, vincou.O líder do executivo regional (PSD/CDS-PP/PPM) falava hoje na sessão solene comemorativa do 45.º aniversário da Casa do Povo do Pico da Pedra, na Ribeira Grande.O social-democrata prometeu “trabalhar em progresso” para reforçar os meios e a "capacidade instalada" das IPSS, através de uma “parceria leal e equitativa”.“A minha governação, o XIII Governo dos Açores, tem como prioridade máxima este exercício de parceria, com contratos-programa transparentes, criteriosos e de reforços dos meios [para as IPSS]”, destacou.Bolieiro enalteceu a importância das instituições sociais, insistindo que a “função social e fraterna do Estado não se faz apenas pela administração mais central”.A cerimónia homenageou o primeiro presidente do Governo da Região Autónoma dos Açores, Mota Amaral (de 1976 a 1995), que foi também presidente da Assembleia da República.Para Bolieiro, Mota Amaral é uma “inspiração” e uma “referência” que deve servir de exemplo.“Porque não nos motivarmos com a inspiração e a referência daqueles que ainda hoje convivem connosco e que foram os verdadeiros obreiros da democracia portuguesa e da autonomia politica, essencial para o nosso desenvolvimento?”, interrogou.O líder do Governo dos Açores elogiou ainda o “espírito de missão” de Mota Amaral durante a sua vida política.“Ter o poder não para se servir mas para estar ao serviço. Esta é a referência que muitas vezes parece estar esquecida. Alguns abusam do poder porque dele se servem”, criticou.José Manuel Bolieiro enalteceu ainda a importância da autonomia dos Açores, que serviu para libertar a região da “solidão provocada pelo isolamento”.“A autonomia politica e administrativa dos Açores, no quadro democrático de Portugal, é a grande força de levantar do abandono, do isolamento, da pobreza, cada uma das nossas ilhas e os Açores inteiros”, concluiu.