Governo açoriano quer aumentar número de vagas nas creches até 2025
12 de jul. de 2024, 08:53
— Lusa/AO Online
Segundo a secretária
regional da Saúde e da Segurança Social, Mónica Seidi, o executivo está
“centrado numa governação dirigida às pessoas, às famílias e, sobretudo,
que dê resposta àquelas que são as suas maiores dificuldades”.A
governante falava no parlamento regional, na Horta, na ilha do
Faial, onde começou a ser discutido um projeto de resolução do Chega,
que recomenda ao executivo que altere as regras de admissão nas creches,
dando prioridade a crianças com pais trabalhadores, tendo em conta a
escassez de vagas.Na sua intervenção, a
secretária regional da tutela lembrou que no âmbito das creches
gratuitas, em 2020, no arquipélago, “havia isenção de pagamento até ao
sétimo escalão e estavam abrangidas cerca de 700 crianças, com impacto
financeiro de 164 mil euros”.“Após as
medidas que foram implementadas na legislatura anterior, chegámos a 2023
com uma isenção de todos os escalões, abrangendo mais de 4.000
crianças, o que representa uma poupança para as famílias açorianas
superior a 4 milhões de euros”, apontou.O
investimento efetuado permitiu um aumento da capacidade de número de
vagas em creches: “A nível das respostas sociais e da capacidade
instalada, passámos de 3.019 lugares em 2019 para 3.660 em 2023”.“E,
no âmbito daquilo que é o plano de investimentos ao longo do ano de
2024 e de 2025, queremos chegar ao fim de 2025 com mais 13 lugares na
freguesia da Maia, mais 42 lugares em Ponta Delgada, mais 10 lugares em
Rabo de Peixe”, na ilha de São Miguel, revelou.Na
ilha das Flores também poderá verificar-se um aumento da capacidade na
valência de creche, tal como na ilha Terceira, onde serão criados “mais
cerca de 30 lugares”.Mónica Seidi adiantou
ainda que no final de julho ou no início de agosto, espera ter uma
ideia correta "do número efetivo e real de crianças que estão em lista
de espera” para creche, lembrando que para a admissão das crianças foram
criados vários critérios incluindo, em relação aos pais, “a
compatibilização da vida profissional com a vida familiar”.O
projeto de resolução do Chega que recomenda ao Governo Regional
açoriano que altere as regras de admissão nas creches, dando prioridade a
crianças com pais trabalhadores, foi apresentado pela deputada Olivéria
Santos.A parlamentar justificou que é
“imperativo proceder a uma revisão” da legislação vigente e propõe que
sejam introduzidos critérios que confiram prioridade às crianças de
agregados familiares cujos pais estejam a trabalhar.Na
discussão, Pedro Neves (PAN) disse que é contra a iniciativa “devido à
discriminação que se faz” ao dar prioridade aos pais das crianças que
estão a trabalhar.Já o deputado Nuno
Barata (IL) falou da importância das creches e criticou “aqueles que no
passado fizeram uma regulamentação sobre a atividade da creche, que é de
tal forma apertadinha, que não é incentivo para ninguém fazer creches
privadas”.Pelo PS, o parlamentar Flávio
Pacheco disse que no processo de admissão, as instituições têm autonomia
para fazerem a admissão e seleção das crianças, com base em vários
critérios. Os trabalhos do plenário
terminaram pelas 19:30 locais e prosseguem pelas 10:00 de sexta-feira,
decorrendo nessa altura a votação da proposta do Chega. Na
sessão de hoje foi aprovado, por maioria, em votação final global, com
votos contra do Chega, o primeiro orçamento suplementar da Assembleia
Legislativa da Região Autónoma dos Açores para o ano de 2024 O
parlamento reprovou, por maioria, a alteração ao Decreto Legislativo
Regional n.º 23/2023/A, de 26 de junho sobre o Estatuto da Carreira
Docente da Região Autónoma, apresentada pelo PS, para recuperação do
tempo entre carreiras.Uma proposta idêntica apresentada por PSD/CDS-PP/PPM/Chega baixou à comissão dos assuntos sociais.