Governo açoriano quer abrir ala nascente do hospital de Ponta Delgada até meados do mês
3 de jul. de 2024, 14:56
— Lusa/AO Online
“Já tinha
sido dito pelo senhor presidente do governo que até ao final do junho
iria ser reaberta a ala nascente do hospital, é uma intenção que se
mantém. [Mas,] o mês de junho acabou, estamos a aguardar análises
microbiológicas da qualidade da água”, afirmou Mónica Seidi aos
jornalistas.A secretária da Saúde e
Segurança Social, que falava após uma reunião com a Ordem dos
Enfermeiros em Ponta Delgada, realçou que a reabertura daquela parte do
hospital, que sofreu um incêndio em 04 de maio, vai permitir um aumento
“bastante significativo” de 200 camas.“A
nossa preocupação será sempre a segurança. Não iremos dar passos em
falso. Enquanto não tivermos os resultados dos testes que aguardamos
para reabrir com segurança a ala nascente, não o faremos. E expectável
que até meados deste mês a situação seja ultrapassada”, reforçou.Assim
que reabrir, os primeiros doentes a serem transferidos para a ala
nascente do Hospital Divino Espírito Santo (HDES) vão ser os que estão
atualmente no pavilhão desportivo Carlos Silveira.Mónica
Seidi garantiu que o executivo açoriano (PSD/CDS-PP/PPM) tem vindo a
“desenvolver estratégias” com a administração do HDES e a Unidade de
Saúde de Ilha de São Miguel para dar resposta ao aumento da população da
ilha durante o verão.Segundo a
governante, os festivais de verão da maior ilha dos Açores estão a ser
classificados de acordo com o risco para avaliar a necessidade de
instalar postos médicos avançados.A
secretária regional da Saúde revelou ainda que entre 17 e 30 de junho o
Serviço de Apoio de Urgência de Ponta Delgada realizou 600 atendimentos.“É
claro que estamos apreensivos pelo aumento significativo de pessoas,
não só em São Miguel, como em toda a região, uma vez que tínhamos um
hospital fim de linha que recebia doentes de toda a região. Agora essa
realidade já não acontece. Temos de desenvolver mecanismos para fazer
face às exigências”, realçou.O bastonário
da Ordem dos Enfermeiros, Luís Filipe Barreira, alertou, por outro lado,
que existem profissionais “exaustos e esgotados”, defendendo a
melhoria das condições de trabalho dos enfermeiros.Luís
Filipe Barreira, ressalvou, contudo, que a construção de um hospital
modular, já anunciado pelo Governo Regional, vai ser uma “solução muito
eficaz” para melhorar a situação de trabalho dos enfermeiros e
satisfazer as “necessidades da população”.“Brevemente
a região terá uma opção, um hospital modular, que poderá agregar
melhores condições de trabalho, quer para os enfermeiros, quer para
satisfazer os cuidados de saúde à população”, salientou.