Governo açoriano paga 13ME à SATA devido a aumento de voos não previstos interilhas
1 de set. de 2023, 17:04
— Lusa
Na apresentação das deliberações
do Conselho do Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM), o subsecretário da
Presidência anunciou que o executivo autorizou o pagamento de 13,835
milhões de euros à SATA Air Açores (companhia responsável pelas ligações
interilhas).Aquele pagamento deve-se à
“reposição do equilíbrio financeiro do contrato de concessão dos
serviços de transporte aéreo regular no interior” da região, salientou
Pedro Faria e Castro.Segundo o governante,
que falava aos jornalistas no Palácio da Conceição, em Ponta Delgada, a
transportadora “tem efetuado voos não previstos, por forma a acomodar o
crescente número de passageiros encaminhados”.“O
Governo Regional solicitou a uma entidade independente uma avaliação
com vista a efetuar o cálculo da carga extracontratual no que concerne
aos prejuízos incorridos pela concessionária do serviço público de
transporte aéreo no interior da região, a qual confirmou e quantificou a
sua existência”, adiantou o executivo açoriano.Faria
e Castro lembrou que os passageiros desembarcados nos voos interilhas
aumentaram de 2020/2021 para 2021/2022 em cerca de 48%.O
Governo dos Açores autorizou ainda a concessão de apoios financeiros
para comparticipar os “encargos inerentes à constituição de uma
sociedade comercial por parte dos atuais empresários em nome individual
que não possuam capital associado à exploração da sua atividade”.O
apoio pretende “reforçar a acessibilidade dos empresários” de menor
dimensão aos instrumentos de capitalização previstos no Plano de
Recuperação e Resiliência (PRR) e no Construir 2030.“O Governo pretende suportar os encargos com a conversão dos empresários em nome individual em sociedades comerciais”, explicou.Com
os incentivos à criação de sociedades comerciais, o Governo Regional
quer “garantir igualdade no acesso às verbas” do Fundo de Capitalização
das Empresas dos Açores (FCEA).O Conselho
do Governo Regional aprovou ainda o Plano Regional de Poupança de
Energia 2023-2024, que prevê um “conjunto de medidas” para a “redução do
consumo e dependência energética” e para “fomentar a aceleração da
transição para as energias renováveis".A
intenção daquele plano passa por dar “resposta às necessidades de uma
região insular, arquipelágica e ultraperiférica” através da exploração
das “potencialidades oferecidas pelos recursos naturais e pela inovação
tecnológica”.Faria e Castro reconheceu que
a região não “enfrenta os mesmos constrangimentos” do que o continente
no fornecimento de energia devido à guerra na Ucrânia, mas realçou que a
“dispersão geográfica” e o “aumento generalizado dos preços”
representam “desafios” para os Açores.