Governo açoriano garante aumento de verbas para educação mas oposição aponta carências
26 de nov. de 2024, 09:32
— Lusa/AO Online
"O Plano de
Investimento da Secretaria Regional da Educação, Cultura e Desporto para
2025 é de 61 milhões de euros, mais seis milhões do que o Plano
apresentado e aprovado em 2024 e mais 24 milhões do que no último Plano
apresentado pelo PS", disse a secretária regional da tutela, Sofia
Ribeiro.A secretária regional da Educação,
Cultura e Desporto, que falava durante a discussão do Plano e
Orçamento para 2025 no plenário da Assembleia Legislativa Regional, na
Horta, indicou que em cinco anos, o aumento do investimento nas três
áreas que tutela aumentou 66%."Na educação
apresentamos um Plano de investimentos superior a 40,7 milhões de
euros. Como vem sendo hábito desde que o governo de coligação
[PSD/CDS-PP/PPM] tomou posse, a maior fatia do Plano de investimentos na
educação, volta a ser aplicada na Ação Social, com 16 milhões de
euros", afirmou.Sofia Ribeiro também
referiu, entre outros aspetos, que a taxa do abandono precoce da
educação e formação "desceu para um número histórico na Região".A
concluir, assegurou que o compromisso do executivo é "continuar a
melhorar o sucesso de cada aluno açoriano, continuar a crescente
preservação e divulgação da cultura nos Açores e continuar a promoção de
hábitos saudáveis através da atividade física e da prática desportiva":
"2025 continuará a ser um ano de consolidação de políticas assumidas".No
debate, a socialista Inês Sá referiu que a educação "deveria ser a
prioridade" do Governo Regional, mas na análise do documento, se forem
retirados os manuais escolares, verifica que o aumento de verbas "não
chega a 1,3 pontos percentuais"."A
inovação trazida a este Plano e Orçamento resume-se aos incentivos à
fixação de pessoal docente, prometidos há pelo menos três anos, aos
quais foi atribuída uma verba no montante de 100 mil euros", apontou. O deputado do BE, António Lima, referiu que a educação "foi uma das vítimas da política do governo"."Nas
escolas falta material, mas quem deve levar falta é o governo. Os
fundos escolares são irrisórios e os pais chamados a comprar material
para que os seus filhos tenham material na escola", afirmou.Por
sua vez José Pacheco (Chega), salientou que para haver boa educação é
preciso ter "coisas fundamentais" e "uma delas são as infraestruturas",
adiantando que, salvo exceções, o parque escolar dos Açores "está uma
desgraça".O eleito do PAN, Pedro Neves,
falou das escolas das Laranjeiras, Lagoa e Gaspar Frutuoso, que
continuam com problemas estruturais por resolver e da falta de
assistentes operacionais nos estabelecimentos de ensino, uma situação
que "já está a ser bastante grave".A
social-democrata Delia Melo referiu que a educação "está no bom caminho"
e o executivo pode "ter orgulho" daquilo que foi feito e "das
conquistas alcançadas".Lamentou as
"críticas infundadas a tudo quanto é feito" pelo governo e disse que a
oposição "não quer ver que o sucesso educativo está em ascensão, nem ver
que há uma redução significativa daquilo que é o abandono precoce de
educação e formação".Por fim, Catarina
Cabeceiras (CDS-PP) referiu que, na educação, o Plano e Orçamento para o
próximo ano é um documento de "continuidade e progresso".A
parlamentar destacou a aposta que tem sido feita pelo atual executivo
de coligação "na dignificação da carreira docente" e na recuperação do
tempo de serviço.