Governo açoriano está a dialogar com empresa de medicina nuclear da Terceira
14 de dez. de 2022, 08:16
— Lusa/AO Online
“A posição assumida pela referida
empresa assenta, certamente, nalgum lapso ou equívoco, uma vez que já
ocorreram, pelo menos, duas reuniões com a administração da Isopor,
sendo uma, exatamente, no mês de abril de 2021”, adianta o secretário da
Saúde, Clélio Meneses, numa posição enviada à agência Lusa.A
Isopor, empresa que assegura os tratamentos de medicina nuclear no
hospital da ilha Terceira (HSEIT) pediu escusa de responsabilidade
pelos atrasos nos cuidados de saúde, acusando o executivo regional
(PSD/CDS-PP/PPM) de falta de comunicação.Em
reação, Clélio Meneses realça que, “na sequência de pedidos da empresa
para rever os valores da convenção aplicada ao setor”, a secretaria da
Saúde enviou uma comunicação à empresa (a 25 de agosto de 2021), não
tendo tido qualquer resposta.“Têm sido
trocadas várias comunicações entre os serviços da secretaria regional da
Saúde e Desporto e a referida empresa, nas quais são identificadas
questões que têm vindo a ser resolvidas, mantendo-se, assim, uma relação
de diálogo e respeito”, acrescenta.O
governante diz ter conhecimento de “três pedidos de reunião por parte da
empresa em causa, sendo o último de 30 de outubro de 2022”.“Considerando
que grande parte das questões a abordar dizem respeito ao Hospital de
Santo Espírito da Ilha Terceira cujo conselho de administração, conforme
é público, teve alteração na sua composição, está a ser preparado
agendamento de reunião entre as três partes envolvidas”, conclui Clélio
Meneses.Na declaração pública de escusa de
responsabilidade, enviada às redações, o grupo Isopor critica a
“inexistência de um canal de comunicação” com a administração do
Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira (HSEIT) e com a secretaria
regional da Saúde e Desporto do Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM),
liderada por Clélio Meneses.A empresa pede
a “escusa de responsabilidade por tudo o que se relacionar com
quaisquer atrasos de fornecimento dos serviços e cuidados de saúde”,
incluindo os “serviços de resposta em urgência”.Segundo referem, aqueles serviços foram “mantidos integralmente operacionais” até hoje devido à “boa-fé” da Isopor.O
grupo empresarial critica a “total ausência de reação” da administração
do HSEIT e do Governo Regional aos “múltiplos correios eletrónicos” e
às “múltiplas solicitações de reunião”.Prevista
na lei, a escusa de responsabilidade é um pedido unilateral onde se
solicita a exclusão de responsabilidade com a justificação de não
estarem reunidas as devidas condições de trabalho.