Governo açoriano autoriza nova sociedade comercial na SATA para serviços de ‘handling’
Hoje 16:22
— Lusa/AO Online
Segundo
José Manuel Bolieiro, a resolução autoriza “a constituição de uma nova
sociedade comercial, no Grupo SATA, em consequência de uma cisão
simples, a realizar, da SATA Air Açores, nos termos da qual será
destacada e afeta à nova sociedade a unidade económica referente aos
serviços de ‘handling’”. O capital social desta nova sociedade, acrescentou, será “integralmente detido pela SATA Holding, S.A.”.O
Conselho do Governo esteve reunido na terça-feira e esta quarta-feira, nas Flores e
no Corvo, no âmbito da realização de visitas estatutárias anuais às duas
ilhas do arquipélago.“Esta reorganização
societária do Grupo SATA foi projetada ao abrigo e em cumprimento da
decisão da Comissão Europeia de 07 de junho de 2022, através da qual foi
autorizada a concessão de um auxílio público à reestruturação da SATA
Air Açores – Sociedade Açoriana de Transportes Aéreos, S.A. e das suas
então subsidiárias”, adiantou Bolieiro.Dando
continuidade ao cumprimento dos objetivos estabelecidos, referiu que o
próximo passo do grupo de aviação “consiste na criação de uma nova
entidade, resultante da separação da unidade económica responsável pelos
serviços de assistência em escala (‘handling’) na região, atualmente
integrada na SATA Air Açores”.A SATA
Holding, S.A. submeteu um pedido de autorização ao Governo Regional para
a realização da separação da unidade económica responsável pelos
serviços de ‘handling’ da SATA Air Açores (que faz as ligações entre as
ilhas) e para a subsequente criação de uma nova entidade dentro do Grupo
SATA, através de uma cisão simples, referiu também o executivo em
comunicado.De acordo com a nota, o pedido
de autorização “veio acompanhado de um estudo económico-financeiro e
complementado por um estudo jurídico em que se demonstra a viabilidade e
o interesse da operação”.Deste modo, de
acordo com a decisão da Comissão Europeia, "cabe à região assegurar que o
Grupo SATA implementa as medidas incluídas no plano de reestruturação”.O executivo açoriano também aprovou a estratégia de gestão da Rede de Áreas Marinhas Protegidas dos Açores (RAMPA).Bolieiro
adiantou que a iniciativa define as orientações de ordenamento e gestão
necessárias à elaboração e aprovação dos respetivos planos.Foi
igualmente aprovada a resolução que determina que a empresa pública
Portos dos Açores “promova as diligências necessárias à alienação das
participações que detém no capital social das empresas de estiva
OPERTRI, OPERPDL e OPERTERCEIRA”.A região
detém, desde 1995, de forma indireta, através da Portos dos Açores, 20%
do capital social destas empresas e apenas nos Açores “se verifica a
circunstância em que a autoridade portuária detém participações em
empresas de estiva reguladas por si mesma”, esclareceu o
social-democrata.O governo adiantou
tratar-se de uma reforma que “promove a transparência de funcionamento
da atividade”, uma vez que cada uma das referidas empresas assegura o
seu funcionamento sem necessidade de especial intervenção da Portos dos
Açores.Nas reuniões realizadas nas Flores e
no Corvo, o executivo de coligação (PSD/CDS-PP/PPM) deliberou ainda
autorizar a celebração de um contrato-programa entre a região e a Portos
dos Açores “destinado a regular a promoção da aquisição de dois
rebocadores de mobilidade elétrica no valor total de investimento de 33
milhões de euros - 15 milhões por rebocador -, mais três milhões no
investimento nos sistemas de carregamento para os portos de Ponta
Delgada e Praia da Vitória”.Aprovou
igualmente o Decreto Regulamentar Regional que permite adaptar à região o
regime jurídico aplicável aos bombeiros portugueses no território
continental.