Governo açoriano atualiza plano para acolher eventuais deportados dos EUA
24 de jan. de 2025, 13:00
— Lusa/AO Online
Segundo
Artur Lima, o executivo de coligação não está a preparar “nada de
novo”, mas a tomar uma medida “preventiva, ativa e não reativa”, perante
um possível aumento do número de deportados dos EUA.O
vice-presidente do executivo açoriano, que falava aos jornalistas
em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, na apresentação das
deliberações do Conselho do Governo, referiu que, na reunião, o
secretário regional dos Assuntos Parlamentares e das Comunidades, Paulo
Estêvão, distribuiu pelos membros do Governo Regional “uma proposta, um
projeto, um plano, para recolher contributos”.“Não
foi nada apresentado, apenas foi distribuído pelo senhor secretário dos
Assuntos Parlamentares aos membros do governo aquele que é um projeto
de plano que possa vir a ser implementado. E serão também consultados os
partidos com assento parlamentar”, adiantou.Artur
Lima esclareceu que “não é uma coisa” que se esteja a fazer de novo,
lembrando que no início da guerra da Ucrânia a Região Autónoma dos
Açores elaborou um plano e, deste modo, trata-se de fazer uma
atualização do documento já existente.“Não
é uma coisa que se esteja a fazer de novo e de muito inovador. A região
tem de estar preparada, e estava, e está. E, portanto, isto não é uma
coisa reativa, é uma coisa ativa e preventiva que o governo tem. É a
atualização de um plano que já tivemos quando foi da guerra da Ucrânia
[…] e que agora está a sofrer a atualização e as atualizações
necessárias ao tempo que decorre”, salientou.Pois, acrescentou, “as coisas não são as mesmas que [eram] há três anos, todo o sistema internacional e nacional mudou”.“É
necessário atualizar as redes consulares, atualizar os contactos, os
procedimentos. Portanto, não é nada de novo, é uma coisa preventiva,
ativa e não reativa ao que quer que seja”, disse Artur Lima.O
vice-presidente do executivo açoriano admitiu ainda que um possível
aumento do número de deportados dos EUA é “uma situação que preocupa o
Governo Regional”.“Se a guerra da Ucrânia
preocupou o Governo Regional e eram cidadãos que não eram portugueses,
açorianos, obviamente que sendo açorianos, portugueses residentes nos
Estados Unidos, se afetar a nossa comunidade, temos de ter um programa
de acolhimento como tivemos para os refugiados da Ucrânia”, justificou.Artur
Lima garantiu que a região está a preparar-se para o acolhimento de
algumas pessoas que possam eventualmente ser repatriadas dos EUA, como
já aconteceu no passado.