Governo açoriano aponta “comunicação deficiente” à SATA sobre voos de fim de ano
Hoje 09:15
— Lusa/AO Online
Durante a
discussão do Plano e Orçamento dos Açores para 2026, que decorre esta
semana na Horta, a secretária regional Berta Cabral garantiu que a
Terceira não foi excluída do reforço dos voos da SATA para o final do
ano, em resposta ao deputado do Chega José Pacheco.“A
Terceira não ficou de fora dos reforços da operação festiva de Natal.
Houve uma comunicação deficiente da SATA que já corrigiu”, afirmou.Berta
Cabral realçou que a empresa “já corrigiu a comunicação” e admitiu que a
comunicação do grupo de aviação devia ter sido “mais abrangente”.“Estes
assuntos estão todos esclarecidos e na nossa região somos todos
açorianos. Em função de critérios técnicos, em função de decisões
das administrações, fazem-se opções”, reforçou.E acrescentou: "Estamos sempre prontos para resolver porque é falando que nos entendemos”.Antes,
José Pacheco (Chega) lembrou as críticas públicas do CDS-PP à
secretaria regional, visando o “bairrismo” do partido e pedindo
esclarecimentos ao Governo Regional.“Com amigos desses quem é que precisa de inimigos?”, questionou Pacheco.Na
segunda-feira, a Comissão Política da Terceira do CDS-PP manifestou a
“mais veemente revolta” pela forma “absolutamente descarada” com que a
SATA não considerou a ilha no reforço de voos de Natal.Aquela
estrutura, liderada por Artur Lima, que é também vice-presidente do
Governo Regional e presidente do CDS-PP/Açores, acusou a secretária dos
Transportes, Turismo e Mobilidade, Berta Cabral, de “penalizar os
terceirenses e promover divisões dentro de uma região que se quer coesa e
unida”.Em reação, o presidente do Governo
dos Açores disse ter “plena confiança” na “maturidade” das decisões
tomadas por todos os membros do executivo.O
grupo SATA assegurou que a oferta de voos para a ilha Terceira,
nos Açores, “tem sido suficiente”, sendo as opções da companhia aérea
tomadas com base em “critérios de procura” e “equilíbrio financeiro”.No
debate parlamentar, António Lima (BE) defendeu que a posição do CDS-PP é
a “confirmação que a ingerência política” na SATA "não acabou" e
alertou para o “terremoto” que poderá causar um eventual fecho da Azores
Airlines.No comunicado, a SATA adianta
que “foi neste enquadramento que foram reforçadas as ligações aéreas no
período de Natal e do Ano Novo em cerca 3500 lugares nas ligações
interilhas operadas pela SATA Air Açores e de 5.000 lugares nas ligações
territoriais operadas pela Azores Airlines”.A
SATA refere que, no que concerne à oferta exclusiva para a ilha
Terceira, a Azores Airlines conta com sete ligações semanais entre
Lisboa e as Lajes (Terceira) e três ligações semanais entre a cidade do
Porto e as Lajes.