Governo acompanha impacto da falência da Thomas Cook que afeta 500 pessoas no Algarve
23 de set. de 2019, 11:52
— Lusa/AO Online
O Governo informou,
através de um comunicado, que está acompanhar os efeitos da falência do
operador turístico Thomas Cook nos turistas e nas empresas nacionais,
com particular atenção às regiões do Algarve e da Madeira.Em
relação aos turistas portugueses que tenham adquirido pacotes de férias
da Thomas Cook, a secretaria de Estado do Turismo refere que “foram já
acionados os mecanismos de informação e apoio ao consumidor”.“O
mercado do Reino Unido tem estado a exibir um comportamento muito
positivo, com um crescimento de +5,8% de hóspedes até julho, em
particular no Algarve (+7,3% de hóspedes até julho)”, sublinha o
Governo.O operador britânico Thomas Cook
anunciou hoje a falência depois de não conseguir encontrar, durante o
fim de semana, fundos necessários para garantir a sua sobrevivência,
entrando em "liquidação imediata".As
autoridades terão agora que organizar um repatriamento maciço de cerca
de 600.000 turistas em todo o mundo, incluindo 150.000 para a
Grã-Bretanha.A situação financeira da
empresa afetou clientes que gozam pacotes de férias organizados pela
operadora de viagens e que não conseguiram sair dos hotéis e ‘resorts’
sem antes pagar a estada, apesar de já terem feito o pagamento à Thomas
Cook.A empresa, com 178 anos de atividade,
tinha previsto assinar esta semana um pacote de resgate com o seu maior
acionista, o grupo chinês Fosun, estimado em 900 milhões de libras
(1.023 milhões de euros), mas tal foi adiado pela exigência dos bancos
de que o grupo tivesse novas reservas para o inverno.As
dificuldades financeiras da empresa acumularam-se no ano passado, mas
em agosto foram anunciadas negociações com o grupo chinês Fosun, que
detém múltiplos ativos a nível mundial, nos setores de saúde, bem-estar,
turismo (como o Clube Med), financeiro e até futebol (o clube inglês
Wolverhampton Wanderers, treinado pelo português Nuno Espírito Santo). Em
Portugal é dona da seguradora Fidelidade, tem 5% da REN – Redes
Energéticas Nacionais, é a maior acionista do banco BCP (com 27,25%) e é
a dona da Luz Saúde.