Governo acompanha "com ações" as situações de violência no desporto
17 de dez. de 2019, 15:53
— Lusa/AO Online
“Se há Governo que demonstrou estar atento a
este tipo de fenómenos foi efetivamente o Governo que governou na
anterior legislatura e continua a governar nesta (…), com a criação de
uma autoridade [de prevenção e combate à violência no desporto], de um
grupo de trabalho de acompanhamento, e com alterações à lei da
violência”, afirmou o governante.João
Paulo Rebelo, que falava à margem da assinatura de um protocolo entre a
Autoridade Antidopagem de Portugal (ADoP) e a Portugal Ativo, considerou
que a “violência no desporto é um problema da sociedade portuguesa e
das mais diversas sociedades”.O SEJD disse
compreender “alguma insatisfação” do presidente do Sporting, Frederico
Varandas, manifestada depois de no domingo, a equipa de futebol ter sido
recebida com insultos, e cânticos como “Alcochete Sempre” (numa alegada
referência ao ataque à academia de Alcochete) num hotel de Ponta
Delgada.Frederico Varandas classificou os
autores dos insultos à equipa como uma "escumalha que não tem mais
lugar” no clube, considerando que a violência entre os adeptos é um
"problema da sociedade portuguesa", e garantindo que o clube não terá
receio a "enfrentar essa batalha sozinho". “Compreendo
alguma insatisfação do próprio presidente do Sporting, mas insatisfação
relativamente ao que são os comportamentos de alguns dos supostos
adeptos do seu clube, mas essas são matérias do foro interno dos
próprios clubes”, disse o presidente, garantindo que tem estado “em
conversas pessoais com o presidente do Sporting”.O
governante considerou que as instituições estão a trabalhar, lembrando
que “há pessoas identificadas pelos insultos nos Açores” e que “há
pessoas que estão presas, há quase dois anos, e a serem julgadas” pelos
acontecimentos de 15 de maio de 2018 na academia do Sporting, em
Alcochete.João Paulo Rebelo referiu que “a
mensagem, muitas vezes difundida, de que há inação do Estado, não
ajuda” e garantiu que “não há inação, as instituições funcionam e estão a
fazer o seu trabalho”.