Governo abre concurso para 102 vagas em embaixadas e consulados
16 de nov. de 2021, 11:55
— Lusa/AO Online
Em
comunicado, o MNE anuncia a abertura de um novo processo de
recrutamento de funcionários para os Serviços Periféricos Externos do
Ministério dos Negócios Estrangeiros, abrangendo um total de 102 vagas,
86% das quais se destinam a postos consulares ou secções consulares. Do
total de vagas em concurso, 95 resultam do processo regular de
recrutamento anual e sete do reforço dos Consulados-Gerais de Portugal
em Londres e Manchester, no âmbito da terceira fase do Plano de
Contingência Consular para o ‘Brexit’.A
falta de pessoal nos consulados no Reino Unido tem sido criticada pelas
comunidades e pelo PSD, que em agosto, numa carta dirigida ao ministro
de Estado e Negócios Estrangeiros, denunciou "uma situação caótica" nos
agendamentos e questionou o Governo sobre a concretização da promessa de
reforçar esses serviços com mais funcionários e meios informáticos.O
processo agora anunciado, explica hoje o ministério, visa reforçar a
rede externa do MNE, composta por embaixadas, postos consulares, missões
e representações, e prevê a contratação de funcionários para 76 postos,
localizados em 50 países nos cinco continentes.Os
países com maior número de vagas são França (11 vagas), Estados Unidos
da América (7), Reino Unido (7), Brasil (4), Alemanha (3), Angola (3),
Canadá (3), Moçambique (3), Suíça (3) e Venezuela (3), explicita o MNE,
acrescentando tratar-se de "países de grande presença das comunidades
portuguesas".Segundo o MNE, este reforço
da rede externa "prossegue o investimento feito na contratação de
recursos humanos para os serviços periféricos externos, traduzido num
aumento de 12% nos últimos cinco anos, correspondente a um reforço de
141 funcionários".Numa entrevista à Lusa
em outubro, o presidente do CCP, Flávio Martins, alertou que a pandemia
trouxe dificuldades acrescidas ao nível do funcionamento dos postos
consulares, que “é algo que sempre precisa de estar acompanhado com
maior proximidade e atenção”.Questões como
estas têm sido levadas ao conhecimento do Governo, do Presidente da
República e dos deputados pelo CCP, órgão consultivo do Governo que em
2020 comemorou 40 anos