Gouveia e Melo tenciona passar à reserva e terminar funções militares ainda este mês
17 de dez. de 2024, 10:35
— Lusa/AO Online
Em declarações à
rádio Renascença - depois de a notícia ter sido avançada ao início da
tarde pela SIC - o chefe do Estado-Maior da Armada afirmou que tenciona
“passar à reserva” assim que terminar as suas funções à frente do ramo.O
mandato do almirante Henrique Gouveia e Melo termina no próximo dia 27
de dezembro e fontes militares já tinham adiantado à Lusa, em novembro,
que o chefe da Armada estava indisponível para se manter no cargo, tendo
transmitido esta decisão ao Conselho do Almirantado.Interrogado
sobre se passará à reserva logo no dia 28, Gouveia e Melo respondeu:
“Não sou eu que determino exatamente o dia em que termino as minhas
funções. Em princípio, o meu mandato de três anos acaba no dia 27 de
dezembro, e depois de terminar o meu mandato, claramente, passarei à
reserva”.Nestas declarações à Renascença, Gouveia e Melo disse não ver “nenhuma utilidade em continuar no ativo”.“Continuar
no ativo retira-me alguma liberdade nos meus direitos cívicos e,
portanto, não vejo necessidade de continuar no ativo”, afirmou.Questionado
sobre se tal significa que já decidiu avançar com uma candidatura à
Presidência da República, em 2026, Gouveia e Melo negou.“Não
significa nada disso, e eu sobre esse assunto, mais uma vez, digo que
não falo sobre esse assunto enquanto estiver no ativo. A única coisa que
digo é que passarei à reserva. Faz parte da minha carreira, e no fim de
terminar a minha carreira é natural que passe à reserva”, sublinhou.No
final de novembro, o almirante Gouveia e Melo comunicou ao Conselho do
Almirantado a sua indisponibilidade para continuar mais dois anos na
chefia do Estado-Maior da Armada, terminando o mandato em dezembro,
disseram à Lusa fontes militares.O nome de Henrique Gouveia e Melo tem surgido como um dos potenciais candidatos às eleições presidenciais de janeiro de 2026.Henrique
Gouveia e Melo, que coordenou a equipa responsável pelo plano de
vacinação nacional contra a covid-19, tomou posse como chefe do
Estado-Maior da Armada a 27 de dezembro de 2021, e está prestes a
cumprir os três anos de mandato.Nos termos
da Constituição, compete ao Presidente da República nomear e exonerar,
sob proposta do Governo, o chefe do Estado-Maior-General das Forças
Armada (CEMGFA) e os chefes dos três ramos militares.