Gouveia e Melo demarca-se da associação que apoia a sua candidatura
Presidenciais
17 de jan. de 2025, 13:08
— Lusa/AO Online
"Informo
para os devidos efeitos que o cidadão Henrique Eduardo Passaláqua de
Gouveia e Melo, Almirante e antigo Chefe de Estado Maior da Armada, na
reserva, e no exercício pleno dos seus direitos civis, não está ligado à
criação da associação MAAP e não sente qualquer responsabilidade pelas
ações dos seus membros, muito menos poderá escrutinar todas as pessoas
que através deste, ou doutro modo o venham apoiar", esclarece num
comunicado enviado à agência Lusa.No
texto, Gouveia e Melo defende "de forma clara que qualquer cidadão deve
ter o direito à defesa do seu bom nome e reputação até ser condenado" e
garante não querer "participar em qualquer atividade que fira esse
princípio da liberdade individual".O
comunicado do ex-chefe do Estado-Maior da Armada surge 24 horas após ter
sido oficializada a constituição do Movimento de Apoio ao Almirante à
Presidência (MAAP) e alguns dias após a publicação de uma sondagem que o
coloca como o candidato mais bem posicionado para suceder a Marcelo
Rebelo de Sousa na chefia do Estado.O
esclarecimento do almirante acontece também no dia em que o jornal
Correio da Manhã publicou uma notícia de que um dos elementos do MAAP,
José Mateus, é acusado pelo Ministério Público de corrupção passiva no
processo Operação Triângulo, em que é arguido.A
comissão organizadora do MAAP, de acordo com a escritura que a
formaliza, é composta por António Brás Monteiro, José Manuel Anes e
Paulo Azevedo Noguês. Cristina Valente e Manuel Ferreira Ramos são
também membros fundadores do movimento, esclareceu na quarta-feira o
movimento em comunicado.José Mateus, da
associação “Círculo de Estratégia D. João II”, além de José Manuel Anes e
Paulo Noguês, diretor e administrador, respetivamente, da revista
“Segurança e Defesa”, marcaram presença na escritura que oficializou o
movimento na quarta-feira.