Golfistas portugueses com “muita vontade” de iniciar época no Qatar Masters
10 de mar. de 2021, 15:50
— Lusa/AO Online
Tanto
o algarvio, de 38 anos, como o lisboeta, de 29 anos, disputaram o
último torneio, o South African Open, no início de dezembro de 2020 e só
esta semana, decorridos cerca de três meses, conseguiram garantir vaga
no ‘field’ de uma prova do Circuito Europeu, no Qatar Masters, prevista
para o Education City Golf Course, entre 11 e 14 de março.“Estou
com muita vontade de regressar à competição e de entrar da melhor forma
na nova temporada”, afirmou Santos, em declarações à agência Lusa,
confessando desconhecer ainda o seu nível de jogo, por “não competir há
meses e só ter jogado duas vezes num campo de golfe”.Tal
como o profissional natural de Faro, Figueiredo enfatiza “o regresso
depois de quase três meses” afastado dos ‘greens”, devido à redução no
número de torneios e das medidas restritivas aplicadas em Portugal e um
pouco por todo o mundo, devido à pandemia provocada pela covid-19.“Não
diria ansioso, mas estou cheio de vontade de voltar a competir. Acho
que nunca tinha estado parado tanto tempo. Ainda consegui felizmente
treinar na Quinta do Perú, mas obviamente não é a mesma coisa. Portanto,
estou com muita vontade de voltar à competição”, justificou à Lusa.Apesar
da longa paragem, o jogador do Lisboa Golf Coast revela estar a
sentir-se bem com o seu jogo, embora defenda ser “diferente a sensação
em treino e em jogo”.“Estou curioso para
ver como me vou sentir amanhã [quinta-feira] na primeira volta do Qatar
Masters, mas estou confiante que o jogo esteja bem em competição. Não
vejo razão para que assim não seja. Acabei 2020 a jogar bom golfe e
espero começar 2021 da melhor forma também”, frisou Figueiredo,
recordando os três ‘cuts’ ultrapassados no final da época passada, na
África do Sul, com um ‘top 20’ inclusive no Alfred Dunhill Championship.Ricardo
Santos, pelo contrário, não fechou da melhor maneira a última
temporada, tendo falhado a qualificação para os últimos 36 buracos nos
três torneios sul-africanos, mas agarra-se às boas sensações adquiridas
há um ano em Doha.“Joguei aqui, pela
primeira vez, há um ano e estava numa fase menos boa, mas foi neste
campo que comecei a sentir o meu jogo. Depois, infelizmente, cancelaram
todos os torneios até ao verão, devido à pandemia, mas gosto do campo, o
que é bom sinal para ter uma boa semana”, comentou o algarvio,
assegurando não ter hesitado em voltar ao European Tour, apesar dos
riscos inerentes ao novo coronavírus e às restrições no circuito.Em
Doha desde domingo e, após um dia retidos no quarto de hotel a aguardar
o resultado do teste à covid-19, os golfistas nacionais tiveram
oportunidade de fazer as voltas de treino no campo reservado ao torneio
dotado de pouco mais de 1,2 milhões de euros em prémios monetários e
dois mil pontos na Corrida para o Dubai.“O
campo está em excelentes condições. É desafiante e o meu estilo de jogo
pode adaptar-se bem”, avançou Ricardo Santos, acrescentando estar a ser
“ótimo rever todos os jogadores do circuito, ‘staff’, ver que estão
todos bem, e sentir de novo o ambiente”.Assim
como Santos, Figueiredo tem boas perspetivas para o seu primeiro
torneio do ano, uma vez que “já conhecia o campo e o treino correu bem".“Sinto
que é um campo que se adapta bem ao meu jogo. Não é muito comprido, tem
alguns buracos estreitos, há que manter a bola em jogo, mas é um campo
em que a bola rola bem no ‘fairway’. Como gosto de manter a bola
relativamente baixa e, com ‘fairways’ duros, ela acaba por andar muito.
Em 2020, joguei bastante bem do ‘tee’ ao ‘green’, mas no ‘green’ estive
bastante mal. Por isso, estou com boas
perspetivas para esta semana”, concluiu Pedro Figueiredo.