George Bush chama "fanfarrão" a Trump e confirma ter votado em Clinton
4 de nov. de 2017, 18:20
— Lusa/AO online
Durante
a campanha eleitoral, o seu filho, e também ex-presidente, George W.
Bush, pensou que Trump não sabia "o que significava ser presidente",
segundo um livro que estará à venda a partir de 14 de novembro e do qual
a cadeia televisiva CNN e o jornal The New York Times avançaram alguns
excertos.Aqueles
comentários foram feitos pelos ex-Presidentes durante a campanha
eleitoral, quando a maior parte das previsões davam a vitória a Hillary
Clinton.No
livro, com o título "The Last Republicans" (Os Últimos Repúblicanos),
escrito pelo historiador Mark Updegrove, o patriarca dos Bush, que
presidiu aos Estados Unidos entre 1989 e 1993, confirma que votou em
Clinton, um rumor que havia circulado nas semanas anteriores às
eleições.Por
seu lado, Bush filho votou em branco, o que já tinha sido divulgado pelo
seu gabinete no dia das eleições, em novembro de 2016.No
ano passado, ambos os antigos Presidentes norte-americanos partilharam
com Mark Updegrove a sua opinião sobre Trump: em maio de 2016, Bush pai
disse claramente que "não gostava" do candidato eleito para ocupar a
Casa Branca."Não
sei muito sobre ele, mas sei que é um fanfarrão. E não me emociona
muito que seja o nosso líder", afirmou o político, de 93 anos, que
acrescentou depois que a razão pela qual Trump parecia querer ser
Presidente era "um certo ego" e que, para unir o país, era necessário
ter "humildade".Durante
a campanha, o mais novo dos ex-Presidentes Bush, de 71 anos, disse a
Mark Updegrove que temia ser "o último Presidente republicano" dos EUA,
uma frase que inspirou o título do livro."Nesse momento, creio que estava preocupado por Hillary Clinton poder ganhar", explicou o historiador ao New York Times.Mas,
se se tiver em conta os valores e princípios partilhados pelo seu pai e
por Ronald Reagan (1981-1989), "contrastam muito com os valores do
partido republicano hoje, em particular com as ideias que promoveu
Donald Trump na sua campanha, que são essencialmente o protecionismo e
uma certa xenofobia", acrescentou.