G7 pede fim da crise na fronteira bielorrussa e acusa Minsk de querer desviar a atenção
Migrações
18 de nov. de 2021, 12:18
— Lusa/AO Online
Os ministros dos Negócios
Estrangeiros do Reino Unido (que ocupa a presidência rotativa do G7),
França, Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Itália e Japão, assim como a
União Europeia (UE), condenaram num comunicado conjunto “a
orquestração pelo regime de imigração ilegal da Bielorrússia para as
fronteiras” dos países vizinhos que integram a UE.“Pedimos
ao regime [bielorrusso] que cesse imediatamente a sua campanha
agressiva e de exploração [dos refugiados] para evitar mais mortes e
mais sofrimento”, referem os sete países mais industrializados do mundo e
a UE.“As ações do regime bielorrusso
constituem uma tentativa de desviar a atenção do seu contínuo
desrespeito pelo direito internacional, pelas liberdades fundamentais e
pelos direitos humanos, incluindo os do seu próprio povo”, acrescentam.Além
disso, os países do G7 pedem a Minsk que conceda às organizações
internacionais “acesso imediato e sem restrições para dar ajuda
humanitária” e expressam a sua “solidariedade” para com a Polónia, a
Lituânia e a Letónia, vítimas, segundo o G7, “da utilização provocatória
de imigração ilegal”.Alguns milhares de
migrantes, com origem sobretudo no Médio Oriente, estão acampados há
vários dias e sob temperaturas glaciares, nas florestas bielorussas ao
longo da fronteira com a Polónia, na esperança de conseguirem entrar na
UE.O Ocidente acusa Minsk de estar a
orquestrar, desde o verão, esse fluxo de migrantes como resposta às
sanções contra a Bielorrússia pela repressão em 2020 de um movimento
histórico de oposição.Varsóvia, assim como
outros dois vizinhos da Bielorrússia, a Lituânia e a Letónia, recusam
aceitar a entrada desses milhares de migrantes.