G7 insta Bielorrússia a parar apoio a Moscovo e ameaça com sanções
Ucrânia
23 de dez. de 2022, 12:55
— Lusa/AO Online
"Qualquer outra
participação ativa na guerra de agressão ilegal da Rússia seria
contrária à vontade e às aspirações do povo bielorrusso. Se as
autoridades bielorrussas envolverem a Bielorrússia mais diretamente na
guerra da Rússia, o G7 imporá custos adicionais esmagadores ao regime",
sublinharam os ministros dos Negócios Estrangeiros do G7, o conjunto dos
sete países mais ricos do mundo, em comunicado.Os
chanceleres do G7 prometeram ainda “melhorar e coordenar estreitamente
os esforços para corresponder às necessidades urgentes da Ucrânia por
equipamentos militares e de defesa, especialmente de defesa aérea".O G7 é formado pelos Estados Unidos, Alemanha, Japão, Canadá, Reino Unido, França e Itália.Também
os ministros das Finanças do G7, que se reuniram hoje pela última vez
antes do final do ano, reafirmaram o seu compromisso com o Presidente
ucraniano, Volodymyr Zelensky, no sentido de prestar ajuda económica a
Kiev no quadro da "guerra de agressão"."Reafirmamos
que com as nossas sanções não visamos alimentos. Permitimos
explicitamente o livre fluxo de produtos agrícolas e fazemos todo o
possível para minimizar o possível impacto negativo e efeito indireto em
países terceiros", destaca ainda o G7 no comunicado.Os
países mais industrializados sublinharam ainda que, em conjunto com a
comunidade internacional, mostraram "unidade, criatividade e força" para
atender às "necessidades humanitárias, materiais e financeiras urgentes
da Ucrânia"."Até 2022, mobilizamos 32.700
milhões de dólares (cerca de 30.900 milhões de euros) em apoio
orçamental para ajudar a Ucrânia a diminuir o seu défice de
financiamento para este ano. Este valor total foi desembolsado ou está
em processo de desembolso", sublinharam.O
G7 salientou ainda que até 2023 asseguraram 32.000 milhões de dólares
(cerca de 30.200 milhões de euros) em apoio a Kiev, um montante que
inclui 18.000 milhões de dólares (cerca de 17.000 milhões de euros) da
União Europeia, juntamente com uma doação dos Estados-membros para
cobrir os custos.Este é um complemento ao
último pacote de apoio aprovada pelo executivo de Joe Biden, que pode
ser aprovado pelo Congresso norte-americano esta semana, bem como o
desembolso “iminente” de 500 milhões de dólares (cerca de 472 milhões de
euros) em empréstimos adicionais do Banco Mundial garantidos pelo Reino
Unido. A ofensiva militar lançada a 24 de
fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões
de pessoas – 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões
para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que
classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a
Segunda Guerra Mundial (1939-1945).Neste
momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3
milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.A
invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a
necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança
da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade
internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e
imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.