Furacões perdem intensidade na região devido a temperatura e vento
Furacão Lorenzo
30 de set. de 2019, 16:30
— Lusa/AO Online
“Por norma, o que acontece é que quando os
furacões se dirigem a esta zona do Atlântico Norte, tendo em conta que a
temperatura da água do mar diminui significativamente e os ventos em
altitude atuam em sentido contrário ao furacão, a tendência é para irem
diminuindo de intensidade, o que está a acontecer com o ‘Lorenzo’”,
afirmou hoje à agência Lusa a meteorologista.A
especialista recordou que o furação “Lorenzo” já atingiu a categoria 5
(a máxima) da escala de Saffir-Simpson, estando neste momento com
categoria 2, sendo a tendência “ir perdendo a intensidade consoante se
aproxima do arquipélago”.Vanda Costa
salvaguardou, contudo, que este furacão é “bastante forte”, registando
“bastante atividade”. Há a “possibilidade muito pequena de passar nos
Açores já como tempestade tropical”, devendo passar com categoria 1.A
passagem deste tipo de fenómeno, sublinhou, “não é inédita” nos Açores,
sendo justamente “mais provável” de acontecer em setembro e outubro.Apesar
de “não serem recorrentes” nos Açores, estes fenómenos “não são
anormais”, segundo a meteorologista, não sendo fácil quantificar o
número de furacões que passam no arquipélago.Vanda
Costa referiu que este não é, “de todo”, o furacão com maior
intensidade que irá passar nos Açores, mas “é um dos mais intensos”,
recordando o recente furacão de categoria 3, o “Ofélia”, que passou ao
largo da ilha de Santa Maria.“A diferença a
que estamos a assistir é que não é o número de furacões que tem
aumentado com a influência das alterações climáticas, mas a intensidade
com que chegam à região”, explicou.O
furacão “Lorenzo”, que hoje passou à categoria 2, encontrava-se de manhã
a aproximadamente 1.800 quilómetros a sudoeste dos Açores, mas está
prevista uma “diminuição da intensidade nos próximos dias”.