Furacão Sally toca terra e pode inundar estados da costa do sudeste dos EUA
16 de set. de 2020, 14:30
— Lusa/AO Online
Reforçado para a categoria dois, numa
escala de cinco, o furacão Sally deslocou-se esta madrugada acompanhado
de ventos de até 165 quilómetros por hora, de acordo com o Centro
Nacional de Furacões dos EUA.O olho do
furacão passou hoje por Pensacola, na Florida, e pelo Alabama, curvando
árvores na sua passagem e deixando ruas inundadas até aos para-choques
dos automóveis.Quase 400.000 residências e
empresas ficaram sem eletricidade, de acordo com as autoridades, que
determinaram o recolher obrigatório na costa sudeste.“O
furacão veio provar o que já sabíamos há muito tempo das tempestades:
são imprevisíveis”, disse o presidente da Câmara de Pensacola, Grover
Robinson.Stacy Stewart, especialista do
Centro Nacional de Furacões dos EUA, disse que há uma forte
probabilidade de o furacão provocar “chuvas catastróficas”, colocando
vidas em risco, em várias partes da costa sudeste.“O
Sally tem uma característica pouco comum: avança de forma muito lenta, o
que agrava os riscos de inundações”, explicou Ed Rappaport,
diretor-adjunto do Centro de Furacões.O
impacto do Sally também está a começar a ser sentido no estado do
Luisiana, onde os terrenos a menor altitude foram inundados por água.“Estejam
atentos. Tenham cuidado”, aconselhou o governador do Luisiana, John Bel
Edwards, recordando que o seu estado ainda não se recuperou
integralmente dos estragos provocados pelo furacão Laura, de categoria
quatro, que, com rajadas até 240 quilómetros por hora, custou a vida a
pelo menos 10 pessoas, há duas semanas.