Furacão Beryl continua como categoria 4 e atinge Jamaica e ilhas Caimão
4 de jul. de 2024, 11:59
— Lusa/AO Online
O Beryl é atualmente um
furacão de categoria 4 numa escala de 5, com ventos de 230 quilómetros
por hora, segundo o Centro Nacional da Furacões (NHC) dos EUA, que prevê
que a tempestade passe “perto ou sobre a Jamaica nas próximas horas”.O
primeiro-ministro jamaicano, Andrew Holness, apelou a toda a população
para que “sigam as ordens de evacuação” e “implorou” a todos os que
vivem em áreas propensas a inundações para que se mudem “para abrigos ou
um lugar mais seguro”.O Beryl deve
atingir a Jamaica na categoria 3 ou 4, o que pode causar “danos
consideráveis devido ao vento, especialmente em casas, telhados, árvores
e linhas de energia” elétrica, apontou hoje o diretor do NHC, Michael
Brennan, que classificou o furacão como “extremamente perigoso”.São
esperados também deslizamentos de terra e inundações repentinas
associadas a chuvas torrenciais, inclusivamente no sul do Haiti.Depois,
o Beryl deverá atravessar as ilhas Caimão na noite de hoje ou no início
de quinta-feira, de acordo com o NHC, antes de seguir em direção à
península de Yucatán, no México, onde se espera que chegue já
enfraquecido na noite de quinta-feira.O
Beryl é o primeiro furacão da temporada no Atlântico e impressionou os
especialistas ao ganhar intensidade muito rapidamente durante o fim de
semana. Chegou a ser classificado como furacão de categoria 5, o
primeiro alguma vez registado pelo serviço meteorológico dos EUA.Três
mortes associadas ao furacão Beryl foram registadas na Venezuela e pelo
menos três pessoas morreram em Granada, assim como uma outra em São
Vicente e Granadinas.Um furacão tão
poderoso é extremamente raro no início da temporada de furacões, que vai
do início de junho até ao final de novembro.O
Observatório Meteorológico Americano alertou no final de maio que a
temporada de 2024 seria extraordinário, com a possibilidade de quatro a
sete furacões de categoria 3 ou superior.Estas
previsões estão relacionadas com o esperado desenvolvimento do fenómeno
meteorológico La Niña, bem como com as elevadas temperaturas das águas
no Oceano Atlântico, que têm estado em valores recorde há mais de um
ano.