Fundação Benfica financia construção de escola na ilha do Fogo
A Fundação Benfica manifestou disponibilidade para financiar a construção de uma escola no povoado que será construído para acolher os deslocados da erupção vulcânica do Fogo, um projeto de mais de 30 milhões de euros.

Autor: AOnline/LUSA

A informação foi avançada aos jornalistas pelo primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, que no sábado participou na apresentação do plano detalhado para o novo assentamento.

O novo empreendimento, que ficará situado na localidade de Achada Furna, município de Santa Catarina, prevê a construção de 167 habitações e vários equipamentos, incluindo uma estação para tratamento e reutilização de águas residuais e um parque eólico, num investimento estimado de mais de 30 milhões de euros.

Segundo o primeiro-ministro, a primeira fase de construção do empreendimento deverá arrancar no primeiro trimestre deste ano, estimando que esteja concluído dentro de dois anos e meio.

Em declarações aos jornalistas, José Maria Neves apontou como a "prioridade das prioridades" a mobilização de recursos para a construção das 167 casas, dos arruamentos, de igrejas, escolas e outros equipamentos sociais.

José Maria Neves adiantou que decorre atualmente a mobilização de recursos para o projeto junto da comunidade internacional e que, neste âmbito, a Fundação Benfica se disponibilizou para financiar a construção de uma escola.

O terreno onde ficará localizado o novo assentamento é privado e a negociação com os proprietários decorrerá no próximo mês, segundo José Maria Neves.

Além do assentamento, o plano mais vasto de reconstrução do Fogo após a erupção vulcânica de 2014, que deixou sem casa 1.500 pessoas, prevê ainda a construção, dentro de Chã das Caldeiras, de uma adega e da sede administrativa do Parque Natural do Fogo, a recuperação da única estrada de acesso à caldeira e a construção de uma via alternativa e a ampliação do aeródromo de São Filipe, principal cidade da ilha do Fogo.

José Maria Neves, que visitou Chã das Caldeiras, anunciou que governo está estudar a atribuição de compensações pelas perdas aos desalojados, adiantando que em breve esta questão será discutida com as populações.