Funcionários das escolas em greve a 07 de dezembro
19 de nov. de 2020, 16:16
— Lusa/AO Online
Em
conferência de imprensa junto ao Ministério da Educação, em Lisboa, o
dirigente da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em
Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS), que convocou a greve, explicou que
em causa estão reivindicações antigas como a falta de pessoal e a
precariedade, problemas antigos que continuam sem resolução.“Esta
greve faz-se porque o Ministério da Educação e o Governo do PS não
estão a responder com a necessidade e a responsabilidade com que deviam
estar a fazê-lo para as escolas públicas estarem abertas”, disse,
sublinhando que a federação é favorável à manutenção do ensino
presencial.Sobre a falta de pessoal, o
dirigente sindical criticou a revisão da portaria de rácios, que vai
permitir a contratação de mais 3.000 funcionários a partir de janeiro de
2021, denunciando que é insuficiente e não chega a todas as escolas.“Nós
temos 5.300 escolas. Isto é brincar com os trabalhadores não docentes, é
brincar com a escola pública, é brincar com os cidadãos que têm direito
à escola pública e não aceitamos este processo”, criticou, atirando o
número que a estrutura sindical considera necessário: 6.000 novos
funcionários.Com este número, a FNSTFPS
assume que algumas escolas cumprem o rácio previsto, mas Artur Sequeira
assegura que a maioria tem menos funcionários do que previsto.Na
lista de motivos que justificam a greve, constam ainda o processo de
municipalização que, segundo o sindicato, colocam os trabalhadores de
diferentes escolas a trabalhar sob condições diferentes, a precariedade e
as condições salariais dos trabalhadores.“Se
o Ministério da Educação quiser recuar esta greve, sabe muito bem quais
são as respostas que tem de dar. Tem de encontrar soluções duradouras
para estabilizar o corpo não docente das escolas”, afirmou o dirigente
da FNSTFPS.Artur Sequeira já tinha avançado à Lusa na segunda-feira a marcação desta greve sem precisar uma data.O
protesto acontece depois de uma outra greve convocada Sindicato de
Todos os Professores (S.TO.P.) para a primeira semana de dezembro, entre
30 de novembro e 04 de dezembro, dirigida a docentes e não docentes.Também
a Federação Nacional de Professores (Fenprof) está a avaliar a hipótese
de uma greve para as primeiras semanas de dezembro.