Greve afeta setores da educação e saúde nos Açores
Função Pública
26 de out. de 2018, 15:04
— Lusa/AO Online
"A
área da saúde e educação são as mais afetadas. No serviço dos
maturadores na região, que é importante, não foram feitos abates na
Terceira e São Miguel", afirmou ainda o dirigente na região do Sindicato
dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões
Autónomas (STFPSSRA), João Decq Mota.O
dirigente sindical acrescentou que “os serviços da administração
pública estão também a registar uma grande adesão nos Açores e mesmo nas
secretarias do Governo regional”.Além
de escolas secundárias encerradas, a greve "obrigou também ao fecho de
estabelecimentos de ensino do primeiro ciclo em várias ilhas dos
Açores", de acordo com João Decq Mota.Quanto
ao setor da saúde, o sindicalista referiu que no Hospital de Ponta
Delgada, em São Miguel, o maior dos Açores, "a adesão é muito elevada",
indicando que está a afetar "o serviço de rx e o bloco operatório",
sendo "só assegurados serviços mínimos e urgentes".Além
disso, "as finanças de Ponta Delgada (São Miguel) estão encerradas e na
cadeia da Horta (Faial) estão a ser cumpridos os serviços mínimos",
adiantou ainda.Os
trabalhadores da administração pública estão hoje em greve por aumentos
salariais, o que poderá levar ao encerramento de escolas e serviços
municipais, ao cancelamento de atos médicos e comprometer o
funcionamento de tribunais e finanças.A
paralisação da Função Pública registou até ao final da manhã
“fortíssimos níveis de adesão”, na ordem dos 85%, sendo “uma das maiores
greves dos últimos anos”, disse hoje a coordenadora da Frente Comum,
Ana Avoila. Em
conferência de imprensa ao final da manhã para fazer um balanço sobre a
greve nacional da Função Pública, Ana Avoila afirmou que os dados
preliminares indicam que, “em termos globais, a adesão à paralisação
andou na ordem dos 85%”.A
dirigente sindical sublinhou os “fortíssimos níveis de adesão à greve”,
sobretudo nos setores da educação, saúde, administração central e
autarquias, acrescentando que é “seguramente uma das maiores greves dos
últimos anos na Administração Pública”.Segundo
Ana Avoila, os dados da greve mostram que “há uma perceção muito maior
dos trabalhadores” sobre “a degradação continuada dos salários”, uma vez
que os funcionários públicos não têm aumentos há dez anos, com uma
perda de poder de compra acima de 20%.A
greve foi convocada pela Frente Comum, da CGTP, à qual se juntaram as
estruturas da UGT, a Federação dos Sindicatos da Administração Pública
(FESAP) e o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE).