Fumo dos incêndios da costa oeste dos Estados Unidos já chega à Europa
17 de set. de 2020, 12:03
— Lusa/AO Online
Desde que começou as suas
observações por satélite, em 2003, o serviço europeu nunca tinha
registado dados com a magnitude destes fogos “sem precedentes”, que são,
de acordo com a organização, “centenas de vezes mais intensos” do que a
média.Os incêndios já libertaram para a
atmosfera quantidades de carbono sem precedentes e o fumo,
particularmente denso, atravessou todo o país e o Atlântico.“O
facto de estes fogos emitirem tanta poluição para a atmosfera que
podemos observar finas camadas de fumo a 8.000 quilómetros de distância
reflete o quanto são devastadores em tamanho e duração”, disse o
cientista do Serviço de Monitorização da Atmosfera Copernicus, Mark
Parrington.A maior parte do fumo
concentra-se, ainda assim, na costa oeste dos Estados Unidos, onde a
qualidade do ar das grandes cidades do estado da Califórnia, como Los
Angeles, São Francisco, Portland e Oregon, está atualmente entre as
piores do mundo.Mais de 17.000 bombeiros
combatem as chamas desde meados de agosto, só na Califórnia, o estado
mais afetado com cerca de 25 grandes ignições.Os
fogos na costa oeste americana já mataram, segundo a France-Presse,
pelo menos 30 pessoas nos estados da Califórnia e do Oregon, que
contabilizam mais de dois milhões de hectares de área ardida e onde
dezenas de milhares de pessoas tiveram de abandonar as suas casas,
muitas delas destruídas pelas chamas.