Frente Comum marca ação de luta nacional para 17 de março com "expressão de rua"
19 de fev. de 2021, 18:48
— Lusa/AO Online
O
anúncio foi feito pelo dirigente da Frente Comum, Sebastião Santana,
numa conferência de imprensa realizada em frente ao Ministério da
Modernização do Estado e da Administração Pública, em Lisboa, após um
plenário de sindicatos daquela estrutura da CGTP. No
plenário os sindicatos avaliaram a situação dos trabalhadores da
Administração Pública e, perante “a ausência de respostas do Governo” à
proposta reivindicativa da Frente Comum, foi decidido fazer “um caminho
de luta”, disse Sebastião Santana. “Esse
caminho vai ser um caminho de luta, de luta pela necessidade de
negociação da nossa proposta reivindicativa comum que tem para nós
questões essenciais, como a melhoria dos salários na Administração
Pública para todos os trabalhadores, a correção da Tabela Remuneratória
Única, a valorização das carreiras e a revogação do sistema de avaliação
de desempenho que existe hoje, que é o SIADAP”, acrescentou o dirigente
sindical.Sebastião Santana afirmou que no
plenário de ativistas, delegados e dirigentes sindicais foi decidido
“realizar uma ação nacional de luta, em moldes a definir, no próximo dia
17 de março, que vai envolver todos os sindicatos da Frente Comum”.O
sindicalista adiantou que os detalhes estão ainda a ser afinados,
sendo, no entanto, certo que terá “expressão de rua” e que “à partida
será em Lisboa”.A ideia, disse, é “levar ao Governo aquelas que são as preocupações centrais dos trabalhadores”.Após
o plenário, uma delegação da Frente Comum entrou no ministério liderado
por Alexandra Leitão para entregar a resolução aprovada pelos
sindicatos onde estes exigem, entre outros pontos, a abertura das
negociações sobre a proposta da estrutura sindical que defende um
aumento real dos salários de 90 euros e a revogação do atual sistema de
avaliação de desempenho.Este ano, o
Governo decidiu atualizar em 20 euros a remuneração base da
Administração Pública, para 665 euros (em linha com o salário mínimo
nacional) e aumentar em 10 euros os três níveis salariais seguintes, que
abrangem remunerações até 791,91 euros, mantendo as posições
remuneratórias seguintes congeladas.A ministra Alexandra Leitão já se comprometeu a iniciar a negociação para rever o SIADAP até março.