Francisco César preocupado com redução de serviços da CGD
24 de out. de 2024, 16:02
— Carlota Pimentel
Segundo o jornal Público, vão encerrar nos Açores sete balcões: três na
ilha de São Miguel (Lagoa, Nordeste e Povoação), dois no Pico (São Roque
e Lajes), um em São Jorge (Calheta) e outro nas Flores (Lajes).De
acordo com Francisco César, e sendo esta uma das mais relevantes
instituições financeiras do sistema bancário nacional, “o Governo e,
sobretudo, o Ministério das Finanças, não podem desresponsabilizar-se
deste assunto”.“A CGD, enquanto Banco público, cumpre uma função
social e territorial, pelo que, a sua gestão não poderá deixar de
considerar, a salvaguarda de serviços essenciais às populações e a
coesão territorial”, assegurou o líder socialista, citado em comunicado,
para manifestar que a disponibilização de serviços bancários e a sua
presença física nos territórios, sobretudo nos que possuem menor
densidade populacional, “são responsabilidades a que a CGD não pode
deixar de considerar na sua missão e atuação”.Em nota enviada às
redações, frisando que esta instituição bancária apresentou, em 2023,
lucros “que ascenderam a 1291 milhões de euros” e que já no primeiro
semestre de 2024 registou “um valor de 889 milhões de euros”, Francisco
César lamentou que a CGD pretenda “transformar dezenas de agências em
todo o país, em espaços mais pequenos e com menos serviços e sem o
adequado atendimento presencial, que é especialmente importante em
territórios habitados por idosos e por pessoas com uma baixa literacia
financeira e digital”.Nesse sentido, e alertando ser esta uma
matéria que exige atenção por parte do Governo, Francisco César
questionou o Ministro das Finanças sobre a posição do executivo
relativamente a esta matéria.Segundo o comunicado, numa pergunta
dirigida ao responsável pela tutela, o socialista quis ainda compreender
se, em algum momento, “as autarquias da Região onde se pretende
proceder ao encerramento ou redução dos serviços bancários foram
auscultadas”, bem como quais as diligências que o Governo irá adotar “no
sentido de assegurar o interesse público e a salvaguarda das
necessidades das populações dos concelhos em causa”.