França não exclui reconfinamento localizado face a “segunda vaga”
Covid-19
12 de out. de 2020, 12:08
— Lusa/AO Online
“O confinamento geral deve ser evitado por
todos os meios. É possível se todos agirmos nesse sentido”, afirmou o
chefe do Governo em declarações à rádio France Info.Mas
Castex também considerou, a propósito de possíveis confinamentos
localizados, que “nada deve ser excluído quando se vê a situação nos
hospitais” e numa altura que o país já registou 32.730 mortos
diagnosticados com covid-19, em quase 735 mil casos.Na primavera, a França viveu um confinamento geral de quase dois meses para conter a primeira vaga da pandemia da covid-19.Numerosas
cidades, como Paris, Marselha, Lyon ou Lille, encontram-se atualmente
em “alerta máximo” face à propagação do coronavírus, que obrigou ao
encerramento dos bares e a regras mais rígidas nos restaurantes.Mais duas grandes cidades, Toulouse e Montpellier (sul), vão ser colocadas na terça-feira em “alerta máximo”.O
nível de alerta máximo é atingido quando a taxa de incidência
ultrapassa os 250 novos casos por 100.000 habitantes nos últimos sete
dias, quando passa os 100 com mais de 65 anos e se 30% das camas de
reanimação estão ocupadas com doentes da covid-19.“Estamos
numa segunda vaga forte”, constatou Jean Castex, apelando “de uma forma
extremamente clara” à mobilização de todos para a enfrentar.“Não
pode haver mais relaxamento”, disse, considerando que os franceses,
sobretudo durante as férias de verão, “julgaram um pouco depressa demais
que o vírus tinha desaparecido”.