França alarga validade dos testes no certificado sanitário para 72 horas

Covid-19

8 de ago. de 2021, 12:21 — Lusa /AO Online

Além de um teste de rastreio PCR ou de um teste de antigénio, também será aceite um autoteste, avançou o ministro da Saúde francês, Olivier Véran, numa entrevista ao jornal Le Parisien.Segundo o governante, estas alterações, em relação ao que foi planeado até agora, permitirão responder melhor à procura de testes por parte da população, referindo que na semana passada foram realizados mais de quatro milhões.O ministro da Saúde anunciou estas alterações um dia depois de 237 mil pessoas se terem manifestado em toda a França contra a exigência do certificado sanitário e contra a obrigação dos trabalhadores da saúde serem vacinados o mais tardar até 15 de outubro, refere a agência de notícias espanhola Efe,"Qualquer que seja o número de manifestantes que se opõe à vacina, será sempre menor ao número de franceses que, ao mesmo tempo, são vacinados”, afirmou Olivier VéranO protesto ocorrido no sábado, o quarto consecutivo, foi o mais numeroso até à data, refere a Efe, precisando que no dia 31 de julho tinham participado nos protestos 204.000 pessoas, na semana anterior 161.000 e, no dia 17 de julho, 110.000.Olivier Véran assegurou que a ampliação a partir de segunda-feira do certificado sanitário, que desde 21 de julho já era obrigatório para entrar em locais culturais e de lazer, como cinemas, bibliotecas ou museus, não é uma obrigação de vacinação encoberta."É um incitamento a ser vacinado, a ser testado ou não ir a sítios muito concorridos”, afirmou o ministro sobre o documento que exige a vacinação completa, um teste negativo ou uma prova que a pessoa já teve a doença provocada pelo coronavírus SARS-Cov-2.O certificado de saúde é uma das medidas que tem causado mais controvérsia em França, com muitos franceses a recusarem vacinar-se para frequentarem locais como bares, restaurantes ou cinemas.A pandemia de covid-19 fez pelo menos 4.268.017 mortos em todo o mundo, entre mais de 200,8 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, desde que a OMS detetou a doença na China em finais de dezembro de 2019, segundo o último balanço da France-Press com base em dados oficiais.