Autor: Lusa/Aonline
De acordo com uma fonte do gabinete do secretário de Estado do Desporto e Juventude, Alexandre Mestre, que já recebeu a FPF, “o contrato-programa foi somente agora aprovado e homologado”, na sequência da suspensão do estatuto de Utilidade Pública Desportiva (UPD), imposto por despacho do ex-titular da pasta Laurentino Dias desde 2009.
Questionada pela Lusa, sobre a ausência de um contrato-programa que permitam o apoio aos coordenadores técnicos distritais, que levou as associações a rejeitar participar nos torneios inter-associações, a SEDJ explicou que “durante o ano de 2010 e metade de 2011 a FPF não teve apoios do Estado, como determina a Lei e teve de, às suas expensas, contratar técnicos habilitados para a coordenação técnica do futebol”.
“Anteriormente, em todos os contratos-programa de ‘Enquadramento Técnico’ era incluída uma rubrica de apoio à requisição de técnicos desportivos”, acrescentou a fonte, salientando que “a responsabilidade factual desta situação foi da própria FPF”.
“O Estado apenas cumpriu a sua obrigação legal, depois de protelar bastante a medida sancionatória”, explicou.
Segundo a fonte da SEDJ, este contrato-programa, que “em breve estará assinado pelos senhores presidentes da FPF e Instituto do Desporto de Portugal (IDP)”, vai permitir “a contratação de coordenadores técnicos distritais ou outros que a federação entenda por bem desde que dentro dos objetivos desta medida ‘Enquadramento Técnico’.”
Sem especificar os valores envolvidos no contrato-programa, a SEDJ, que vai receber as associações distritais a 27 de setembro, garantiu que “relativamente a 2012 terão de ser negociados novos contratos-programa”.
Em Janeiro, uma fonte oficial disse à Agência Lusa que suspensão da realização de contratos-programa com o IDP implicava que a FPF ficasse privada de uma verba de cerca de 2,8 milhões de euros em 2011.