Forte de São João Baptista deve transitar para município de Vila do Porto
24 de out. de 2017, 14:17
— Lusa/AO Online
“A melhor das soluções seria, efetivamente, à semelhança do que vem
ocorrendo no país e do que já teve lugar nos Açores, fazer transitar a
propriedade do Forte de São João Baptista da República para a Câmara
Municipal de Vila do Porto”, disse Avelino Meneses.O governante
foi hoje ouvido na Comissão Permanente de Assuntos Sociais do parlamento
dos Açores, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, sobre uma petição
que defende a recuperação e preservação do forte.Avelino Meneses
declarou que esta posição tinha sido transmitida em agosto na reunião
com o Conselho de Ilha de Santa Maria, na visita estatutária que o
executivo açoriano fez.Na ocasião, o presidente do Governo
Regional, Vasco Cordeiro, garantiu que o executivo “está empenhado em
explorar todas as possibilidades para resolver” a situação do forte,
sendo que uma destas é o que já foi feito com outros municípios do
arquipélago e que passou pela celebração entre o Ministério da Defesa e
câmaras de um acordo “para a utilização do património que é do Estado”.Hoje,
o secretário regional que tutela a Cultura salientou que, face ao
elevado número de fortificações nos Açores, “muitas delas a carecerem de
intervenção”, é “normal que se envolva nestes processos os municípios”,
sem que “a região se demita" para “acudir a problemas técnicos e
prestar a colaboração que for necessária”.Avelino Meneses
adiantou que o Laboratório Regional de Engenharia Civil promoveu em
2016, um relatório sobre as condições de segurança do forte de Santa
Maria, tendo o executivo promovido uma intervenção em janeiro, que
assentou no escoramento da torre, encerramento de vãos e vedação do
acesso, visando evitar derrocadas e garantir a segurança das pessoas.O
governante foi ainda ouvido sobre um projeto de resolução do PPM que
defende a “proteção, dignificação e divulgação dos dialetos açorianos”,
iniciativa que já tinha sido apresentada por este partido na última
legislatura.“Passaram-se dois anos sobre a última discussão e a
evolução da língua, dos dialetos ou dos falares não se altera tanto que
justifique uma opinião diferente”, declarou Avelino Menezes, que
garantiu ser objetivo do Governo dos Açores que “se faça uma
aprendizagem correta do Português, independentemente das pronúncias”.Avelino Meneses defendeu, por outro lado, que este património deve ser salvaguardado por via da investigação.O
PPM, com um deputado na Assembleia Legislativa Regional, voltou a
apresentar em julho um projeto de resolução que recomenda ao Governo
Regional, do PS, que tome medidas para proteger e dignificar os dialetos
açorianos.Esta proposta já tinha sido apresentada em 2015, tendo sido chumbada pelo PS, em maioria no parlamento, e pelo PCP.