Forças Armadas fizeram 551 patrulhas de vigilância e deteção de incêndios este ano
31 de jul. de 2024, 11:18
— Lusa/AO Online
Num
documento atualizado à data de segunda-feira, verifica-se
também que em 2024 já foram realizadas 74 ações de reconhecimento,
avaliação e controle pelos dois helicópteros alocados ao Dispositivo
Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR).Durante
todo o ano de 2023, os três ramos das Forças Armadas executaram 327
ações aéreas de reconhecimento, avaliação e controle e 204 missões de
vigilância com drones, num total de 857 horas de voo, e 1.518 patrulhas
de vigilância e deteção, tendo envolvido em todas as ações
realizadas 5.707 militares.“O Exército, a
Força Aérea e a Marinha estão empenhadas nas ações de prevenção dos
incêndios, que pelas tragédias do passado justificam este esforço”,
garantiu o ministro Nuno Melo, que visitou, na Lousã, as capacidades
militares da Força Aérea integradas no dispositivo de vigilância,
deteção e apoio ao combate de incêndios rurais, acompanhado pelas
cúpulas militares.Em declarações aos
jornalistas, o governante considerou irrealista Portugal pensar que
alguma vez terá todos os meios necessários para assegurar que uma
tragédia não aconteça devido aos incêndios florestais ou outra
ocorrência.“Acho que é uma utopia achar
que alguma vez teremos todos os meios necessários para que uma tragédia
não aconteça”, disse Nuno Melo aos jornalistas, garantindo que as Forças
Armadas estão totalmente empenhadas para ajudar o país “neste desafio
tão difícil” que é a prevenção de incêndios”.Para o ministro da Defesa, Portugal está hoje mais bem preparado para evitar tragédias como as que ocorreram no passado.Considerando
que as Forças Armadas estão todos os dias à altura daquilo que lhes é
pedido, o governante ressalvou que, num país do sul da Europa com as
características de Portugal, “os meios nunca são suficientes”.“Os
meios são sempre insuficientes. Portugal é um país com uma imensidão de
floresta, com um potencial de incêndio que é sempre relevante, mas
tentamos aprender com os erros do passado para evitar outras tragédias
equivalentes no futuro”, sublinhou.No
Centro de Meios Aéreos da Lousã, o ministro assistiu à operacionalização
dos drones SANT, que atuam a partir de bases em Mirandela, Ota e Beja
para vigilância e deteção de incêndios florestais e visitou os dois
helicópteros alocados a ações de reconhecimento, avaliação e controle.Na Marinha Grande, e após o acompanhamento de uma patrulha na
mata nacional, o governante já tinha destacado o papel das Forças
Armadas na prevenção e deteção dos incêndios rurais.“Os
militares não estão nos quartéis, estão todos os dias a trabalhar para o
benefício das populações. Isso vale para a prevenção dos fogos, como
vale para as ações de busca e salvamento, para a emergência médica, para
o transporte de órgãos, para o combate ao tráfico de pessoas ou combate
ao tráfico de drogas”, disse aos jornalistas.