Força de elevada prontidão da NATO pode abranger até 1049 militares portugueses
Ucrânia
24 de fev. de 2022, 13:14
— Lusa/AO Online
Na sequência da
operação militar da Rússia na Ucrânia, o primeiro-ministro, António
Costa, afirmou que os meios militares portugueses empenhados nas
forças de reação rápida da NATO poderão, “se for essa a decisão do
Conselho do Atlântico Norte, ser colocados sob as ordens do comando da
NATO” para a realização de “missões de dissuasão” em países membros da
aliança.António Costa ressalvou que “a
NATO não intervirá nem agirá na Ucrânia” e que a sua atuação “em que as
forças portuguesas poderão estar empenhadas” consistirá em “missões de
dissuasão, em particular junto dos países da NATO que têm fronteira com a
Ucrânia”.Questionado sobre a dimensão dos
meios portugueses que poderão ser empregues pela NATO, o
primeiro-ministro respondeu que “a composição da força está já definida e
tem a devida autorização do Conselho Superior de Defesa Nacional”. “Hoje,
se o Conselho do Atlântico Norte assim o autorizar, o plano militar da
NATO identificará as forças em concreto das Forças Armadas Portuguesas
que pretende utilizar e em que missão as pretende utilizar. Para haver
empenho destas forças é necessário haver autorização do Conselho
Superior de Defesa Nacional, e precisamente por isso solicitámos durante
a madrugada ao senhor Presidente da República a convocação urgente do
Conselho Superior de Defesa Nacional, que como sabem terá lugar
precisamente ao meio-dia", explicou. O
Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA) divulgou em janeiro no
seu ‘site’ o plano das Forças Nacionais Destacadas em 2022 aprovadas
pelo Conselho Superior de Defesa Nacional.No
quadro da Aliança Atlântica, segundo esse plano, Portugal participa em
2022 na NATO ‘Response Force’, uma força conjunta multinacional de
elevada prontidão capaz de assegurar uma resposta militar rápida a uma
crise emergente, que contempla três forças de prontidão diferentes.A
de mais elevada prontidão, de até 7 dias, designada `Very High
Readiness Joint Task Force´ (VJTF), prevê o empenhamento de até 1049
militares portugueses, 1 navio, 162 viaturas táticas e 7 aeronaves.Os
meios atribuídos por Portugal à VJTF, para 2022, podem ser empregues
pela NATO, em caso de ativação, na sua totalidade ou parcialmente, em
função da tipologia da missão a realizar.A
NATO `Response Force' contempla ainda mais duas forças: a 'Initial
Follow on Forces Group', com prontidão de 30 dias, em que poderão ser
empenhados até 472 militares portugueses, e a 'Nato Readiness
Initiative', com prontidão "a definir", que poderá abranger até 207
militares portugueses.